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Americanos são indiciados por suposta colaboração na fuga de Ghosn

Ghosn foi preso em Tóquio no dia 19 de novembro de 2018 e acusado de irregularidades financeiras durante o período em que administrou a Nissan, entre outras acusações - Reprodução/Globo News
Ghosn foi preso em Tóquio no dia 19 de novembro de 2018 e acusado de irregularidades financeiras durante o período em que administrou a Nissan, entre outras acusações Imagem: Reprodução/Globo News

22/03/2021 19h44

O Ministério Público japonês apresentou nesta segunda-feira acusações contra os dois cidadãos americanos que foram extraditados ao Japão por suposto envolvimento na fuga do empresário Carlos Ghosn enquanto estava em liberdade com fiança.

Os procuradores afirmam que Michael Taylor, de 60 anos e ex-integrante das Forças Especiais americanas, e seu filho Peter, de 28, ajudaram o ex-presidente da Renault-Nissan a fugir do Japão em dezembro de 2019 enquanto o brasileiro estava em liberdade com a condição de não sair do país.

Ambos foram detidos pelas autoridades japonesas no dia 2 de março, ao entrarem no Japão, após terem sido extraditados dos EUA a pedido de Tóquio.

De acordo com o Ministério Público, os suspeitos facilitaram a fuga de Ghosn de sua casa, onde o empresário estava submetido a videovigilância, o esconderam em um baú para driblar os controles de segurança no aeroporto de Osaka e contribuíram para que ele chegasse a Beirute, em um avião privado, depois de uma escala na Turquia.

Ghosn foi preso em Tóquio no dia 19 de novembro de 2018 e acusado de irregularidades financeiras durante o período em que administrou a Nissan, entre outras acusações.

O empresário, que tem tripla nacionalidade (brasileira, francesa e libanesa), permaneceu no Líbano desde a sua fuga, meses antes do início do julgamento, afirmou que é inocente de tudo pelo que é acusado e atribuiu a sua detenção em Tóquio a disputas internas na Nissan.

Ghosn foi chamado para depor no Líbano após a emissão de um alerta vermelho da Interpol sobre o fugitivo, a pedido do Japão, que também solicitou a extradição, embora isto pareça improvável devido à inexistência de um acordo bilateral entre os países.