Brasil promete vacinas contra covid-19 a "países irmãos"
O Brasil reiterou nesta quarta-feira, na Cúpula Ibero-Americana, seu compromisso de fornecer vacinas contra a covid-19 a "países irmãos em um futuro não distante".
O Brasil "está trabalhando por um acesso equitativo às vacinas para todos os países", disse, em participação por teleconferência, o embaixador Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega.
Secretário de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África do Ministério das Relações Exteriores, ele representou o governo brasileiro na cúpula organizada por Andorra. Na reunião anterior, em novembro de 2018, na Guatemala, o Brasil foi representado pelo então presidente Michel Temer.
Em seu discurso, Da Nóbrega falou sobre a necessidade de fortalecer a "diplomacia da saúde" para favorecer o acesso das vacinas contra a covid-19 aos países menos desenvolvidos, tarefa na qual o Brasil pode somar esforços.
A partir de meados deste ano, o Brasil será autossuficiente na vacina contra a covid-19, segundo o embaixador, o que "abre a perspectiva de uma maior contribuição brasileira para o fornecimento de vacinas em um futuro não muito distante".
Da Nóbrega lembrou que o Brasil está em sua "fase mais difícil" na luta contra a pandemia do novo coronavírus e destacou que, para combater a covid-19, "não há atalhos" fora da ciência.
Ele aproveitou a oportunidade para agradecer à Espanha pelo recente anúncio de doação de equipamentos de intubação para hospitais brasileiros e destacou as vantagens do programa nacional de vacinação responsável pela atual vacinação contra a covid-19.
Da Nóbrega esclareceu no início de seu discurso que a participação do Brasil na cúpula "não implica o reconhecimento do regime ilegítimo de Nicolás Maduro" na Venezuela, uma posição que tem sido mantida pelo governo Jair Bolsonaro.
Em uma reunião ministerial ibero-americana realizada em 1º de dezembro de 2020, o então chanceler Ernesto Araújo protestou contra a presença de diplomatas do "regime ditatorial" da Venezuela junto com "representantes de nações livres".
Considerando a posição do representante brasileiro, o discurso de Da Nóbrega foi o penúltimo na lista de oradores da cúpula de Andorra, precedendo apenas o do vice-ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Antonio dos Santos.
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