ONU adverte que conflito em Gaza pode criar uma "crise imparável"
Nações Unidas, 14 mai (EFE).- O secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou a exigir nesta sexta-feira um cessar-fogo imediato a israelenses e palestinos, ao advertir que os atuais confrontos podem desencadear uma "crise imparável" e estimular o extremismo em toda a região do Oriente Médio.
"As partes devem permitir que os esforços de mediação se intensifiquem com vista a parar imediatamente os combates", disse Guterres através do seu porta-voz, Stephane Dujarric, que disse que a organização está activamente envolvida em tais tentativas.
As Nações Unidas destacaram o "sofrimento e destruição" já causados pela atual escalada, que resultou em muitas mortes, inclusive de menores de idade, mas avisaram que a situação pode piorar ainda mais.
"Os combates têm o potencial de desencadear uma crise de segurança e humanitária imparável e de alimentar ainda mais o extremismo, não só nos territórios palestinos ocupados e em Israel, mas em toda a região", disse o porta-voz em entrevista coletiva diária.
A ONU opinou que só uma "solução política sustentável conduzirá a uma paz duradoura" entre israelenses e palestinos, e reiterou o seu compromisso de apoiá-la. Além disso, enfatizou a necessidade de prestar ajuda humanitária às pessoas afetadas pelo conflito em Gaza.
Dujarric explicou que, de acordo com os serviços humanitários da ONU, as baixas reservas de combustível na faixa palestina levaram a cortes de energia de oito a 12 horas por dia. Cerca de 230 mil pessoas têm acesso limitado a água corrente devido a estes cortes de energia e danos na rede de abastecimento de água.
Segundo a ONU, cerca de 12 mil pessoas buscaram proteção contra os bombardeios, muitas em escolas geridas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que foram abertas como abrigo.
A troca de fogo entre Gaza e Israel continuou quase ininterruptamente nesta sexta-feira, com mais disparos de foguetes das milícias da faixa e ataques de retaliação do Exército israelense, depois de as autoridades de Israel terem rejeitado uma proposta de trégua do Egito para encerrar a escalada bélica.
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