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Presidente de Cuba denuncia tentativa de desestabilizar governo e Revolução

Miguel Diaz-Canel, presidente de Cuba, diz que protestos no país foram uma tentativa de desacreditar o governo - Alejandro Ernesto/AFP
Miguel Diaz-Canel, presidente de Cuba, diz que protestos no país foram uma tentativa de desacreditar o governo Imagem: Alejandro Ernesto/AFP

12/07/2021 16h12

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, fez um pronunciamento na manhã de hoje, em cadeia de rádio e televisão, em que afirmou existir os protestos de ontem no país foi uma tentativa de desacreditar o governo que lidera e a Revolução Comunista local.

Acompanhado de membros da gestão e da cúpula política do Partido Comunista do país, Díaz-Canel garantiu que as manifestações ocorridas em todo o território buscavam "quebrar a unidade de nossa população".

Ontem, milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o governo, em um dia inédito de atos contrários ao regime, marcado por detenções e confrontos. A manifestações ocorreram após Díaz-Canel convocar apoiadores para enfrentar manifestantes e defender a Revolução Cubana.

O presidente indicou que o pronunciamento desta manhã foi uma iniciativa pensada há dias para "oferecer informação ao povo" sobre a situação do país, que atravessa o pior momento da pandemia da covid-19 e uma grave crise econômica, com escassez de alimentos, medicamentos, interrupções no fornecimento de energia.

Além de discursar, Díaz-Canel e ministros responderam perguntas de jornalistas, com a primeira sendo, justamente, sobre os "apagões", uma das causas que acarretaram nos protestos populares deste domingo. No interior, algumas regiões estão há semanas sem luz.

O presidente e o titular da pasta de Energia, atribuíram os cortes à avarias nas principais centrais termoelétricas da ilha, e ao aumento da demanda. Em seguida, garantiram que a estabilidade do serviço acontecerá a partir de amanhã.