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ONG denuncia que na Venezuela há 276 presos políticos

Imagem de arquivo da bandeira da Venezuela;  do total de prisioneiros relatados, há 260 e 16 mulheres - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Imagem de arquivo da bandeira da Venezuela; do total de prisioneiros relatados, há 260 e 16 mulheres Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Em Caracas

21/07/2021 04h21

A ONG Foro Penal denunciou ontem que na Venezuela há 276 pessoas detidas que são consideradas presos políticos, 23 a menos do que em seu último relatório, publicado há uma semana.

Segundo a organização, que se pronunciou através do Twitter, do total de prisioneiros relatados, há 260 e 16 mulheres, e entre os detentos, há 147 civis, incluindo um adolescente, e 129 militares. Com isso, o número de detenções desse tipo chegou a 15.734 desde 2014.

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, informou através da mesma rede social que ele certifica a relação de prisioneiros na nação caribenha.

Em 21 de maio, o Fórum Penal - que conduz a defesa daqueles considerados presos políticos na Venezuela - pediu para que seja evitado usar os detentos como "moeda de troca". A solicitação foi feita depois do diálogo com o governo iniciado pelo opositor Juan Guaidó.

O presidente da ONG, Alfredo Romero, defendeu a negociação como uma forma de resolver os problemas pelos quais a Venezuela está passando, mas ressaltou que os presos políticos não podem ser usados como peças em benefício das partes.

"Em uma negociação, além de libertar pessoas, que deveriam ser todas libertadas, deveriam também propor que não houvesse mais pessoas presas", afirmou Romero. Ele lembrou que, após os últimos processos de diálogo no país, o número de detentos aumentou, apesar do fato de que houve libertações.