Governo da Rússia propõe 1 semana sem trabalho para tentar conter a covid-19
Moscou, 19 out (EFE).- O governo da Rússia propôs nesta terça-feira declarar um período de uma semana de paralisação do trabalho em todo o país, de 30 de outubro a 7 de novembro, como medida para tentar conter a propagação do novo coronavírus.
A decisão foi anunciada pela vice-primeira-ministra do país, Tatyana Golikova, em reunião realizada pela cúpula do Executivo para discutir a crise sanitária.
A integrante do governo, além disso, afirmou ser favorável a antecipar para o próximo sábado o início da aplicação da medida nas regiões da Rússia com maior número de casos.
O primeiro-ministro, Mikhail Mishustin, classificou a decisão adotada como "difícil, forçosa e necessária", após a reunião do alto escalão do governo.
"O número de doentes cresce, e é necessário conter o avanço desta perigosa infecção", afirmou.
A diretora de Saúde Pública da Rússia, Anna Popova, disse, por sua vez, que diante do aumento no número de casos no país, é possível dizer que as medidas adotadas atualmente "são insuficientes. Além disso, ela criticou os governos de algumas regiões por não acompanharem as orientações do Kremlin.
"O desenvolvimento da situação epidemiológica exige um maior número de medidas e uma reação muito mais rápida", afirmou.
Hoje, a Rússia estabeleceu seu novo recorde de mortes por covid-19 em um dia, com o relato de 1.015 óbitos, superando a marca de 1.002 registrada no último sábado. No domingo, foram 997 mortes, e ontem, 998.
Dessa forma, o total de mortes provocadas pela covid-19 no país desde o início da pandemia chegou a 225.325, de acordo com dados divulgados pelo centro nacional de luta contra a doença.
Nesta terça-feira, a Rússia quebrou uma sequência de cinco dias de recorde no número diário de novos casos de covid-19, com a notificação de 33.749 contágios em 24 horas. Foram relatados casos em todas as 85 regiões do país, segundo os dados oficiais. O pico de contágios, registrado ontem, foi de 34.325.
Vacinação lenta
As autoridades russas ainda indicam que o avanço recente da covid-19 tem relação, entre outros fatores, com o lento ritmo da vacinação contra a doença no país.
Até o momento, de acordo com as estatísticas oficiais, 47,2 milhões de pessoas (32,3% da população) receberam o esquema vacinal completo. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.