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Casa Branca busca minimizar encontro entre Xi Jinping e Putin em Pequim

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Casa Branca Imagem: Casa Branca

Da EFE, em Washington (EUA)

04/02/2022 19h12

A Casa Branca buscou minimizar a importância do encontro desta sexta-feira entre os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, garantindo que o governo americano tem sua "própria relação" com Pequim e tem inúmeros aliados para responder à crise na Ucrânia.

"A reação do presidente (Joe Biden) é que nós também temos nossa própria relação com a China", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em entrevista coletiva diária.

Perguntada pela reunião ocorrida em Pequim entre os dois principais rivais geopolíticos dos EUA, a porta-voz relembrou que o governo americano tem feito vários contatos com a China, para convencê-los sobre sua postura com relação à Rússia e Ucrânia.

"Temos destacado os riscos globais de segurança e econômicos que representaria uma maior agressão russa contra a Ucrânia, e expressado que a desescalada e a diplomacia são o caminho responsável", disse Psaki.

Washington também alertou Pequim de que um conflito na Europa "impactaria os interesses da China em todo o mundo", e segue se comunicando com o governo liderado por Xi Jinping "em um nível muito alto".

A declaração foi feita apenas quatro dias depois de a China deixar claro que não está do lado dos Estados Unidos nos assuntos referentes à crise na Ucrânia, ao apoiar a tentativa frustrada da Rússia de evitar que o tema seja discutido no Conselho de Segurança da ONU.

Na reunião de hoje, em Pequim, Putin e Xi Jinping se comprometeram a enfrentar juntos o que consideram ser "ingerências externas" e "ameaças contra a segurança regional".

Sem que a Ucrânia fosse citada diretamente, a declaração conjunta dos dois presidentes criticou os países que "atacam os legítimos direitos e interesses de outros países, além de criar tensões e confrontos", em clara referência aos EUA.

A porta-voz da Casa Branca reiterou que Biden está concentrar em seguir "se unindo com aliados e parceiros para responder de forma decisiva se a Rússia invadir a Ucrânia".

"Sobre o que temos controle, são nossas próprias relações e a projeção de nossos próprios valores, além da busca de formas de trabalhar com outros países, inclusive quando não estamos de acordo. Isso faz parte da diplomacia", garantiu Psaki.

A tensão aumentou no último mês com a mobilização de mais de 100 mil soldados russos para a fronteira com a Ucrânia, o que levou Estados Unidos e a Rússia a entrarem em uma batalha argumentativa.

Moscou garantiu, em diversas ocasiões, que não busca uma guerra com o país vizinho, enquanto Washington alerta há dias sobre um ataque "iminente", embora nesta quarta-feira tenha mudado o discurso e optou por alertar para uma possível agressão russa "a qualquer momento".

Nesta semana, o Pentágono anunciou o deslocamento "nos próximos dias", de 3 mil soldados na Romênia, Polônia e Alemanha, para reforçar as defesas dos aliados, diante de um possível ataque da Rússia contra a Ucrânia.