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OMS estima que 500 mil refugiados na Polônia sofrem impacto na saúde mental

Refugiados ucranianos de várias idades aguardam na estação de trem de Przemysl, ao sul da Polônia, após cruzarem a fronteira, fugindo da guerra - Wojtek RADWANSKI / AFP
Refugiados ucranianos de várias idades aguardam na estação de trem de Przemysl, ao sul da Polônia, após cruzarem a fronteira, fugindo da guerra Imagem: Wojtek RADWANSKI / AFP

Genebra (Suíça)

22/03/2022 15h22

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 500 mil dos 2,1 milhões de refugiados da Ucrânia que partiram para a Polônia precisam de atendimento de saúde mental, sendo que 30 mil deles apresentam doenças mentais graves.

A informação foi divulgada nesta terça-feira, a representante da OMS para a Polônia, Paloma Cuchi.

"O que mais vemos são refugiados que chegam à fronteira desidratados, descompensados, com problema de saúde mental, uma forte carga emocional, também casos de pessoas com febre, pneumonia ou diarreia", explicou integrante da agência das Nações Unidas.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Cuchi detalhou que os refugiados mostram os sinais de viagens que, em muitos casos, duraram dias, em que passaram frio, estiveram mal alimentados, mal hidratados e em más condições de higiene.

"Chegam depois de travessias muito difíceis e perigosas, as crianças viajaram por dois ou três dias, e os idosos não tomaram remédios por dias, o que pode gerar complicações de diabetes, hipertensão, entre outras", afirmou a representante da OMS.

Segundo Cuchi, dois terços dos refugiados na Polônia demonstraram a intenção de ficar no país, pela proximidade com a Ucrânia, para onde esperam voltar quando a situação permitir.

A representante ainda indicou que a OMS está esboçando cenários que poderiam envolver um número massivo de pessoas chegando ao território polonês ao mesmo tempo, caso a crise se agrave no território ucraniano.

Isso resultaria em um aumento repentino da demanda de serviços essenciais de saúde e de medicamentos, inclusive, para mães e crianças, como para HIV, tuberculose, outros voltados para doentes crônicos, detalhou Cuchi.