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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia acusa Rússia de deportar à força mais de 2 mil crianças

Do UOL, em São Paulo

22/03/2022 09h42

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia acusou as forças russas de deportarem à força 2.389 crianças de Donetsk e Lugansk. Hoje, o conflito chega ao 27º dia.

"Tais ações são uma violação grosseira do direito internacional, em particular do direito internacional humanitário", diz o comunicado divulgado pelo governo ucraniano.

O Ministério da Defesa russo disse no domingo que 16.434 pessoas, incluindo 2.389 crianças, deixaram as localidades no sábado por vontade própria.

O Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância) informou estar preocupado com os relatos, embora não tenha sido capaz de verificá-lo de forma independente.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

"O sequestro de crianças em tempos de guerra é uma das seis graves violações contra crianças em conflito e é proibido pelo Direito Internacional Humanitário", disse o porta-voz do Unicef, James Elder, segundo a CNN Internacional.

A ONU (Organização das Nações Unidas) diz que ao menos 3,5 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia em razão do conflito.

Na semana passada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que pelo menos 103 crianças já morreram vítimas da guerra.

Forças russas sem suprimentos, diz Ucrânia

O Ministério da Defesa da Ucrânia disse hoje que as forças russas estão ficando sem suprimentos para a guerra.

"De acordo com as informações disponíveis, as forças de ocupação russas que operam na Ucrânia têm estoques de munição e alimentos para não mais de três dias", disse, em comunicado, o ministério, que apontou "situação semelhante com combustível".

O governo russo, por sua vez, disse que a Ucrânia "usa seus próprios cidadãos como 'escudo humano'" e fez uma comparação com o nazismo.

As autoridades da Ucrânia não relataram ataques à capital, Kiev, nas últimas horas. Desde as 20h de ontem, horário local (15h, em Brasília), a cidade está sob um toque de recolher de 35 horas. Hoje, as sirenes de alerta para ida a abrigos foram acionadas na capital pelo menos cinco vezes.

Um parlamentar ucraniano de Mariupol disse que a Rússia está tentando matar de fome as pessoas que estão na cidade, sitiada por tropas.

Localizada no sudeste da Ucrânia, próxima da Crimeia, Mariupol tem sido o principal alvo de bombardeios das tropas russas nos últimos dias. Sua posição geográfica é um dos motivos que a fazem ser importante dentro da estratégia da Rússia, segundo especialistas ouvidos pelo UOL.