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Covid: OMS afirma que 4ª dose deve ser apenas para imunossuprimidos e idosos

Vacina  - Getty Images/BBC News
Vacina Imagem: Getty Images/BBC News

10/05/2022 18h41Atualizada em 10/05/2022 18h51

Genebra, 10 maio (EFE).- A quarta dose da vacina contra a covid-19 deve ser dirigida, neste momento, apenas para pessoas com imunidade debilitada e idosos, afirmou nesta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Não há dados específicos que justifiquem recomendar a quarta dose de forma mais ampla", disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, durante entrevista coletiva para falar sobre a evolução da pandemia.

Vários países da Europa e da América Latina estão oferecendo às suas populações a quarta dose de uma das vacinas que foram desenvolvidas para prevenir a covid-19 ou evitar seus sintomas mais graves, poucos meses depois de receber o reforço.

"Sabemos que em alguns grupos a imunidade diminui rapidamente. Se você é mais velho ou tem uma doença que afeta o sistema imunológico, se está em tratamento de tireóide, medicação contra o câncer ou diabetes grave, então o sistema imunológico não responde bem e uma quarta dose pode ajudar", confirmou Swaminathan.

Em relação ao restante da população, ele destacou que a quarta dose não é recomendada para todos os adultos.

Ela lembrou que a OMS aconselha ter as duas doses iniciais e um reforço "que oferece uma resposta imunitária mais completa e mais forte, pelo que consideramos que a primeira fase da vacinação é composta por três doses".

No entanto, Soumya Swaminathan destacou que ainda existe uma parte considerável da população mundial que não tem acesso a vacinas, como é o caso da África, onde apenas 15% da população recebeu duas doses.

"Temos que nos concentrar neles, particularmente nos grupos de idosos e profissionais de saúde" naquela parte do mundo, insistiu.

"Na África, apenas 26% da população com mais de 60 anos recebeu doses e isso é muito preocupante porque em qualquer surto futuro, como o que estamos vendo em alguns países, esse grupo estará em risco de desenvolver doença grave", afirmou.