Viktor Orbán é eleito para 4º mandato consecutivo como premiê da Hungria
O ultranacionalista Viktor Orbán foi eleito nesta segunda-feira para um quarto mandato consecutivo como primeiro-ministro da Hungria, durante sessão do Parlamento do país, em que voltou a acusar a União Europeia pelo embargo do bloco ao petróleo proveniente da Rússia.
"Bruxelas tenta erradicar a soberania dos países-membros. Ao invés da Europa das nações, quer construir os Estados Unidos Europeus", garantiu o chefe de governo, logo após ter jurado à Constituição.
A candidatura de Orbán recebeu o voto de 133 dos 199 deputados presentes, enquanto 27 votaram contra. Além disso, 39 parlamentares se abstiveram.
O líder ultranacionalista confirmou que o novo governo manterá as políticas centradas na defesa das fronteiras, na família e nos menores de idade.
"Não adotaremos medidas econômicas que levem à ruína as famílias", disse Orbán.
O primeiro-ministro garantiu que a Hungria seguirá sendo membro da União Europeia e que lutará "pela união das nações livres e iguais".
Sobre a guerra da Ucrânia, Orbán afirmou que o bloco comunitário "não tem instrumentos para abordar a crise".
Além disso, o premiê húngaro afirmou que a política de sanções não deverá conseguir "colocar a Rússia de joelhos".
Orbán disse que a Hungria não bloqueará nenhuma medida de Bruxelas, a não ser que "cruze a linha vermelha", em clara alusão ao embargo ao petróleo russo", a que Budapeste se opõe.
Para o governo húngaro, diante da enorme dependência energética da Rússia, um bloqueio provocaria graves danos à economia nacional.
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