Maduro: Venezuela passa a aceitar investimento estrangeiro em suas estatais
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na semana passada que a partir da data de hoje o país passa a aceitar receber investimentos estrangeiros em suas estatais. A ação foi promovida por meio de um discurso em cadeia nacional na televisão e representa uma mudança considerável na economia.
As empresas estatais terão de 5% a 10% para oferecer aos investidores nacionais e estrangeiros. Maduro não deu muitos detalhes, mas exemplificou quem poderia receber esse investimento, citando a Petroquimica de Venezuela, um conglomerado de mineração, a estatal de telefonia e até mesmo de joint-ventures, que são associações entre duas empresas por tempo limitado para se aproveitar em conjunto alguma atividade.
O presidente da Bolsa de Valores de Caracas, Gustavo Pulido, no entanto, havia afirmado para jornalistas estrangeiros na sexta-feira passada (13) de que não havia sido informado de nenhuma modificação nas ações e que seriam necessárias pelo menos 48 horas para realizar, na prática, as alterações das empresas em questão.
O governo venezuelano tem inspiração socialista e conta com particularidades que fazem os cientistas sociais e políticos adotarem o nome "Chavismo" para se referir ao sistema político. O nome tem referência clara ao ex-presidente Hugo Chávez, que governou o país durante 14 anos, acumulando polêmicas e uma série de opositores e apoiadores dentro e fora do país.
Apesar da forte crise vivida pela Venezuela antes da pandemia, com hiperinflação, recessão e o olhar atento de outras nações, o país dá indícios de recuperação. Um relatório do banco Credit Suisse estima que o crescimento real do PIB da Venezuela será de 20% em 2022. O crescimento é acompanhado de mudanças na política econômica, como a liberação de algumas restrições ao fluxo de capitais e a dolarização momentânea.
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