MP pede cassação de Cláudio Castro e vice em ação sobre 'folhas secretas'

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* O governador eleito no Rio de Janeiro em 2022 pode ser cassado e declarado inelegível. Ele é acusado de ter feito milhares de contratações sem transparência em ano eleitoral, entre elas, as de cabos eleitorais e aliados. O caso foi revelado por reportagem do UOL e, a partir da denúncia, Marcelo Freixo, que era concorrente de Castro, moveu ação alegando que a chapa cometeu abuso de poder político e econômico. O parecer do Ministério Público Eleitoral defende a cassação de Castro e de seu vice, Thiago Pampolha, além da declaração de inelegibilidade dos dois por oito anos. Em dezembro de 2022, o MP já havia pedido a cassação de Castro e 11 aliados em outra ação. O TRE-RJ deve concluir o julgamento do processo nas próximas semanas. Castro nega as acusações e diz que confia que seja respeitada a "decisão de 5 milhões de eleitores que deram a vitória" a ele. Entenda o caso. Entenda o caso.

* Amigo dá sua versão e defende Robinho. Clayton Florêncio dos Santos, o Claytinho, era um dos cinco amigos do ex-jogador que estavam com Robinho na boate Sio Café de Milão. Em entrevista ao UOL, o amigo do ex-jogador diz que eles participaram "de uma orgia com a consciência de todo mundo" e defende o amigo que começou a cumprir pena de nove anos no Brasil pelo estupro de uma mulher albanesa. "Estuprador tem que morrer. Mas o Robinho não estuprou ninguém. Os amigos do Robinho não estupraram ninguém". Ele admite, ainda, que os brasileiros serviram drinques para a mulher, mas nega que ela estivesse embriagada. Embora Robinho e os amigos afirmem que as relações foram consensuais, a Justiça italiana concluiu que a vítima estava inconsciente. Leia os principais trechos da entrevista.

* Começa hoje o julgamento do ex-policial bolsonarista que matou o guarda municipal petista em julho de 2022. O crime aconteceu quando Marcelo Arruda comemorava o seu aniversário em uma festa temática com símbolos e imagens do PT e de Lula. Jorge Guaranho invadiu a festa e atirou contra Arruda. O ex-policial vai ser julgado no plenário do Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu. O caso é um dos mais emblemáticos de violência política durante a disputa de 2022, mas a defesa de Guaranho vai afirmar que não houve motivação política e que o réu reagiu a provocações verbais da vítima. Relembre o caso.

* Mesmo depois de ter assumido na COP28 o compromisso com a transição energética com mais de cem países, o ministro das Minas e Energia disse que o Brasil não vai se afastar dos combustíveis fósseis. Alexandre Silveira afirmou em entrevista à Folha que o país vai explorar petróleo até quando alcançar um IDH à altura do que atingiram os países industrializados. O ministro contestou as conclusões da Cúpula do Clima e defendeu um debate sem radicalismo. Ele diz concordar, no entanto, com a cobrança do imposto criado para itens que prejudiquem a saúde e a natureza. A taxa faz parte da reforma tributária e está em processo de regulamentação. Leia a entrevista completa.

* Com placar em 1 a 1, julgamento que pode cassar Sergio Moro é suspenso. A juíza Cláudia Cristina Cristofani, que seria a terceira a votar, pediu mais tempo para analisar o processo e se comprometeu a declarar seu voto na sessão da próxima segunda-feira (8). O único juiz que votou ontem entendeu que houve abuso e defendeu a cassação da chapa de Moro, que está sendo acusado de abuso de poder econômico na disputa eleitoral de 2022.

* Embaixada da Hungria demite funcionários brasileiros depois do vazamento dos vídeos de Bolsonaro. A decisão ocorre uma semana depois de reportagem do The New York Times revelar que o ex-presidente ficou dois dias hospedado na embaixada logo depois de ter seus passaportes apreendidos pela Polícia Federal no âmbito das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. As imagens do circuito interno foram divulgadas pelo jornal americano, que sugeriu que a estadia na representação diplomática seria uma maneira de evitar uma eventual prisão.

* Presidente do BC defende antecipar transição do cargo. Roberto Campos Neto ocupa o posto até 31 de dezembro, mas sugere que o governo indique quem será o novo presidente até outubro ou novembro para que o indicado possa ser sabatinado no Congresso antes do fim de ano. Ele disse que pretende fazer uma transição "suave" e "civilizada", e, segundo reportagem da Folha, a expectativa é de que o seu sucessor seja Gabriel Galípolo, que hoje é diretor de política monetária do BC. Leia mais na Folha.

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