Governo anula leilão de arroz após suspeitas e secretário deixa cargo

* PEC das Praias beneficia ao menos 295 políticos. A proposta de autoria do senador Flávio Bolsonaro que prevê alterar a Constituição para transferir o domínio de áreas de praias a estados, municípios e proprietários privados vai beneficiar oito senadores, um governador, 116 vereadores, 65 prefeitos, 41 deputados estaduais e 31 federais, 31 vice-prefeitos e 2 vice-governadores, segundo levantamento do UOL. A mudança proposta implicará no aumento no valor do patrimônio e na possibilidade de exploração econômica desses locais. Acusado de querer privatizar as praias, o senador acrescentou no texto um artigo que cita as faixas de areia como "bens públicos de uso comum". A PEC está em discussão no Senado, onde precisa passar pela CCJ e pelo plenário. Veja a lista dos políticos.

* Inflação acelera com pressão de alimentos e impacto das chuvas no RS. O índice de preço ao consumidor, que mede a inflação no Brasil, passou de 0,38% em abril para 0,46% em maio, de acordo com o IBGE. As explicações para a alta estão principalmente nos preços dos alimentos, nos quais já há impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, que arrasaram plantações. O IPCA ficou acima das projeções do mercado financeiro, analistas consultados pela Bloomberg esperavam 0,42%. No acumulado de 12 meses, a inflação acelerou a 3,93% no país. Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 8 tiveram alta de preços em maio. O de alimentação e bebidas exerceu o principal impacto, de 0,13 ponto percentual. Veja todos os dados do IBGE.

* Pacheco vai devolver ao governo proposta dos créditos do PIS/Cofins. O presidente do Senado pode devolver medidas provisórias que não atendam a critérios legais, e ele não gostou do fato de o Executivo tratar o tema por MP, que tem caráter imediato e não passa por discussão no Congresso. As mudanças no PIS/Cofins foram feitas por MP para compensar a desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios e garantir a arrecadação ainda neste ano. Pacheco justificou a devolução dizendo que ela não atenderia ao requisito de urgência porque ainda há tempo para cumprir a decisão do STF de 17 de maio, que exigiu a apresentação de uma compensação para a desoneração da folha em até 60 dias. Fernando Haddad disse que o governo não tem plano B para compensar a arrecadação proposta na MP e que toda a equipe da Receita Federal ficará à disposição do Senado para construir uma alternativa dentro do prazo. Entenda.

* PF descobre nova joia ligada a Bolsonaro e investiga negociação nos EUA. O diretor da polícia federal, Andrei Rodrigues, disse ontem que além das joias já conhecidas, a PF descobriu que houve negociação de outra que não estava no foco da investigação. Ele disse ainda que os investigadores não sabem o paradeiro da joia, se foi ou não vendida. A descoberta ocorreu durante diligências da PF nos EUA no âmbito de uma cooperação internacional com o FBI. Segundo o delegado, esse novo elemento fortalece as apurações sobre as transações de artigos de luxo feitas por Bolsonaro.

* Brasil será o 1º país do mundo a ter 'modo ladrão' nos celulares Androide. A Google anunciou que, a partir de julho, os smartphones Android terão a opção de bloquear a tela automaticamente quando houver a detecção de um movimento que sugira furto. As facilidades do sistema financeiro do Brasil, como o Pix, incentivaram roubos de smartphones e, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou um crescimento de 16,6% no período de um ano. A média é de 114 celulares roubados por hora no país, cerca de dois a cada minuto. Além disso, o país também é o terceiro maior mercado de Android no mundo, com mais de 150 milhões de usuários, o que oferece um ambiente propício para o teste da funcionalidade. Saiba como vai funcionar.

* Mães relatam que operadoras seguem cancelando planos de saúde. Mesmo após o presidente da Câmara, Arthur Lira, ter anunciado no dia 28 de maio um acordo com as empresas para interromper o cancelamento de contratos de crianças com autismo, paralisia cerebral e outras doenças, beneficiários relataram ao UOL que nada mudou. Uma mãe que teve o plano cancelado disse que questionou a operadora sobre o acordo com Lira e a resposta foi que até o momento não tinham sido "comunicados oficialmente da suspensão dos cancelamentos". A reportagem do UOL procurou as administradoras e operadoras envolvidas e elas não quiseram se manifestar. Arthur Lira também foi procurado e não deu retorno aos questionamentos. Leia as histórias.