Mianmar começa a libertar mais prisioneiros políticos


Por Aung Hla Tun

YANGUN, 13 Jan (Reuters) - O governo de Mianmar libertou nesta sexta-feira prisioneiros políticos de diversas unidades penitenciárias do país, como parte de uma anistia que autoridades disseram poderá beneficiar um total de 651 presos, à medida que um dos países mais reclusos do mundo se abre após meio século de governos autoritários.

Os Estados Unidos e a Europa disseram que a libertação de prisioneiros políticos é crucial para que a suspensão das sanções econômicas impostas ao país possa ser considerada. As sanções têm isolado a ex-colônia britânica, também conhecida como Birmânia, e a aproximaram mais da China.

Não houve declaração oficial sobre quantos prisioneiros políticos estariam entre os libertados, mas entre eles estava Sai Nyunt, de 60 anos, um político proeminente da etnia minoritária Shan e secretário da ex-Liga das Nacionalidades Shan para a Democracia. Ele foi libertado da prisão de Kalaymyo.

Familiares e autoridades penitenciárias disseram que mais ativistas políticos, inclusive membros da "Grupo de Estudantes da Geração 88" - jovens dissidentes que lideraram a insurgência pró-democracia em 1988, quando milhares de manifestantes foram mortos -, seriam libertados em uma segunda grande anistia, quatro meses depois.

Mianmar iniciou reformas radicais desde que o governo civil assumiu o poder em março, depois de quase meio século de governo militar.

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