Operários em Belo Monte e empresas se reúnem nesta terça-feira

Anna Flávia Rochas

Em São Paulo

Os representantes dos trabalhadores e das empresas da usina hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, reúnem-se nesta terça-feira (10) para tentar chegar a um acordo sobre as reivindicações dos operários.

As atividades em todos os canteiros da usina estão funcionando normalmente, segundo o Consórcio Construtor Belo Monte, desde quando os operários retomaram os trabalhos em todos os canteiros na última terça-feira -mesmo com a barricada que tentou impedir o acesso aos canteiros na semana passada.

Os trabalhadores aceitaram retomar os trabalhos para que as suas reivindicações fossem avaliadas pelo consórcio construtor, do qual esperam uma resposta até o dia 16.

A reunião de terça-feira ocorrerá às 17h (horário de Altamira), e a expectativa é de que seja apresentada uma proposta às reivindicações dos trabalhadores.

Posteriormente, as propostas devem ser levadas à assembleia entre sindicato e operários nesta quarta-feira logo cedo, informou o representante da assessoria jurídica do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav), Rubens Lima.

"O principal ponto é a redução da baixada", disse Lima ao acrescentar que os trabalhadores querem a redução entre de tempo entre as licenças concedidas para visita às famílias.

Os trabalhadores ainda pedem melhoria no transporte, equiparação salarial entre os trabalhadores nos diversos canteiros e aumento no valor do vale-refeição de 95 para 300 reais, segundo Lima.

O movimento de reivindicações de trabalhadores levou também à paralisação dos operários nas obras de usinas do rio Madeira, em Rondônia, Santo Antônio e Jirau, nas quais as atividades também já foram retomadas.

Em Jirau, onde alguns trabalhadores chegaram a provocar incêndio que afetou 36 alojamentos, e alguns solicitaram desligamento. A Construtora Camargo Corrêa, responsável pelas obras, não pôde informar de imediato o número de trabalhadores que está atuando nas obras após a retomada das atividades, que ficarão paradas por quase um mês.

A expectativa da Energias Sustentável do Brasil, empresa responsável pela usina Jirau (3.750 MW) era de que a usina entrasse em operação no final de 2012, e a companhia informou que está trabalhando para que não haja atrasos.

A empresa ainda informou, por meio da assessoria de imprensa, que será feita reunião para discutir o cronograma, ainda sem data marcada.

A Energia Sustentável do Brasil tem entre tem entre os acionistas a GDF Suez, Camargo Corrêa, Eletrosul e Chesf.

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