Escândalo sexual na Colômbia envolve mais um militar norte-americano; número já chega a 12
Mais um militar dos Estados Unidos, o 12º, foi vinculado nesta segunda-feira (23) ao escândalo de prostituição na Colômbia e o Pentágono suspendeu as atribuições de segurança de todos os implicados nos incidentes que antecederam a participação do presidente Barack Obama na Cúpula das Américas em Cartagena.
O militar, ligado à Agência de Comunicações da Casa Branca, foi suspenso das suas funções até o final da investigação, segundo um funcionário do Departamento de Defesa que pediu anonimato.
Militares e agentes do Serviço Secreto teriam levado até 21 prostitutas para o hotel à beira-mar onde estavam hospedados, na noite de 11 para 12 de abril. Eles foram descobertos quando uma das mulheres reclamou do pagamento, o que levou ao envolvimento da polícia local.
Doze funcionários do Serviço Secreto também foram implicados no caso, pior escândalo das últimas décadas para a agência responsável pela segurança do presidente e de outras autoridades. Seis deles já se desligaram da agência.
O incidente constrangeu os Estados Unidos e ofuscou a participação de Obama na cúpula.
Em visita à Colômbia nesta segunda-feira, o secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta, disse a jornalistas que o envolvimento dos militares e agentes secretos com as prostitutas poderia ter causado riscos à segurança presidencial.
Militares dos EUA são proibidos de contratarem prostitutas, o que pode lhes acarretar até um ano de prisão e exoneração das Forças Armadas.
Também na segunda-feira, o porta-voz da presidência, Jay Carney, disse que funcionários da Casa Branca que estiveram na Colômbia antes e durante a visita de Obama tiveram sua conduta analisada e foram inocentados.
O senador Joseph Lieberman havia sugerido no domingo que a Casa Branca realizasse esse tipo de investigação.