Morte de Osama bin Laden

Militantes negam ligação com médico paquistanês preso em caso Bin Laden

Por Saud Mehsud Jibran Ahmad

Em Peshwar (Paquistão)

Um grupo militante paquistanês negou nesta quinta-feira ter qualquer relação com um médico condenado por auxiliar essa facção, aumentando o mistério em torno de um caso que começou quando o médico ajudou a CIA a encontrar Osama Bin Laden.

Shakil Afridi foi condenado na semana passada por um tribunal na região tribal de Khyber sob a acusação de ter ajudado a CIA a localizar Bin Laden, configurando uma traição ao Estado paquistanês.

Os EUA reagiram ao anúncio, e o Paquistão então disse que o médico tinha um histórico de assédio sexual, lesão corporal e furto, o que não pôde ser confirmado de forma independente.

Mas, na quarta-feira, um documento judicial revelou que Afridi foi condenado a 33 anos de prisão por apoiar o grupo militante Lashkar-e-Islam (LI).

"Não há verdade nisso. Nós mesmos queremos pegá-lo. Se o apanharmos, vamos puni-lo segundo a sharia (lei islâmica)", disse Abdul Rasheed, comandante do LI, à Reuters.

Rasheed disse que Afridi deve ser punido porque era um mau médico, que maltratava as pessoas. "Ele é um traidor, um inimigo do islã, um chantagista mesquinho."

(Reportagem adicional de Mark Hosenball em Washington)

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