Termos do resgate ao Chipre não serão muito severos--ministro
NICÓSIA, 27 Jun (Reuters) - O Chipre informou nesta quarta-feira que seria prematuro especular sobre as condições atreladas ao pedido de resgate aos parceiros da União Europeia (UE), mas não acredita que elas serão particularmente severas.
A pequena ilha do Mediterrâneo tornou-se, na segunda-feira, o quinto país da zona do euro a buscar financiamento de emergência na Europa, com um resgate que pode alcançar mais da metade de sua economia.
Autoridades da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) irão ao Chipre na próxima semana para começar a determinar a quantia que Nicósia precisará.
"Seria prematuro especificar quais serão as condições (do resgate)", disse o ministro das Finanças do país, Vassos Shiarly, a uma rádio estatal. "Eu acredito que o que vamos discutir e concluir não será tão doloroso como alguns podem pensar."
O Chipre precisa cobrir 1,8 bilhão de euros de déficit de capital regulatório em seu segundo maior credor, o Banco Popular do Chipre, até 30 de junho. O sistema bancário cipriota tem sido fortemente afetado por reduções de valor dos títulos soberanos da Grécia, parte do pacote de resgate a Atenas para deixar a dívida do país mais sustentável.
O montante de 1,8 bilhão de euros é equivalente a 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do Chipre, de 17,3 bilhões de euros, e duas fontes da zona do euro disseram na terça-feira que a quantia potencial de resgate para o país é de 10 bilhões de euros.
O governo diz que nenhum valor foi discutido.
(Reportagem de Michele Kambas)