Último suspeito vai a julgamento no tribunal para ex-Iugoslávia

AMSTERDÃ, 15 Out (Reuters) - O tribunal de crimes de guerra para a ex-Iugoslávia começa a julgar o seu último suspeito na terça-feira, abrindo caminho para o capítulo final de uma entidade que abriu novos horizontes na investigação de conflitos e pavimentou o caminho para uma corte global de crimes de guerra permanente.

Goran Hadzic, o último dos 161 suspeitos ainda vivos após as guerras que seguiram a dissolução da Iugoslávia, foi preso no ano passado e é acusado de homicídio, tortura e deportação forçada no período inicial das guerras.

Promotores dizem que Hadzic, presidente da autoproclamada República Sérvia de Krajina, de 1992 a 1994, foi responsável pelas mortes e deportações forçadas da minoria étnica croata da região depois que o governo croata se separou a Iugoslávia em 1991.

Já sentenciado à revelia em um total de 40 anos de prisão pelos tribunais croatas em meados de 1990, Hadzic foi finalmente detido pelas autoridades sérvias em 2011.

A abertura de seu julgamento no Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia coincide com o início do capítulo da defesa no julgamento do líder servo-bósnio Radovan Karadzic, que começou em 2009.

Karadzic é um dos três arquitetos das guerras nos Bálcãs levados para julgamento em Haia pelas guerras entre os países pós-Iugoslávia e seus povos multiétnicos entre 1991 e 1999, nais quais mais de 100.000 pessoas foram mortas e milhões deslocadas.

O líder militar servo-bósnio Ratko Mladic foi a julgamento neste ano e o ex-presidente da Iugoslávia e da Sérvia Slobodan Milosevic morreu em 2006 antes de ser julgado.

(Reportagem de Thomas Escritt)

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