Confrontos sectários deixam cinco mortos no Líbano

Nazih Siddiq

De Trípoli, no Líbano

Cinco homens morreram nesta quinta-feira (6) na cidade portuária de Trípoli, no Líbano, durante confrontos sectários entre atiradores leais a lados opostos da guerra civil na Síria, afirmaram moradores.

Agora já são dez os mortos nos confrontos esporádicos registrados na cidade desde terça-feira, no último surto de violência cujas raízes estão na guerra civil do próprio Líbano, que durou 15 anos. A situação se agravou já que o conflito na Síria polarizou a sociedade libanesa.

Trípoli é uma cidade de maioria muçulmana sunita e a maior parte da população apoia a insurreição na Síria. No entanto, ela também tem uma minoria alauíta e foram registrados vários tiroteios entre sunitas e alauítas, seita do presidente sírio Bashar al-Assad, desde o início da revolta no país vizinho.

A maioria das vítimas foi baleada por francoatiradores ao longo da Rua Síria, em Trípoli, que divide o bairro sunita de Bab al-Tabbaneh da área alauíta Jabal Mohsen.

Os confrontos desta quinta-feira ocorreram entre atiradores dos distritos vizinhos. Três dos mortes eram de Jabal Mohsen e dois de Bab al-Tabbaneh. Não estava claro, porém, se eles estavam envolvidos no confronto ou se eram passantes.

Veículos do Exército foram colocados nos entroncamentos mais importantes perto da área, afirmaram testemunhas, e ainda podia ser ouvido um tiroteio intermitente.

As tensões estão elevadas desde que ao menos 14 libaneses sunitas e atiradores palestinos do norte do Líbano foram mortos, há uma semana, por forças do governo sírio em uma cidade da Síria perto da fronteira.

Aparentemente, eles haviam se unido aos insurgentes, em sua maioria sunitas, que promovem uma revolta contra Assad, cuja fé alauíta vem do Islã xiita. O levante já dura 20 meses.

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