Dilma diz que não tem interesse em antecipar discussão eleitoral
13 Ago (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que está empenhada no momento apenas em exercer as funções no governo e não tem interesse em antecipar a discussão sobre a eleição de 2014 que, segundo ela, "é problema dos outros candidatos".
"Eu estou em pleno exercício da minha atividade governamental, eu não tenho por que discutir, antecipar a discussão de eleição", disse Dilma em entrevista à Rádio Clube de Itapira, no interior de São Paulo, ao ser perguntada sobre as eleições presidenciais do ano que vem.
"Então vou te dizer uma coisa, para mim esse problema é dos outros candidatos, e não meu. Eu sou presidente", acrescentou.
A presidente, que viajou a Itapira para a inauguração da expansão de uma fábrica de medicamentos para câncer, afirmou que está focada em trabalhar para resolver os principais problemas do país, em vez de preocupar-se com a disputa eleitoral.
"Eu estou em pleno exercício das minhas funções. Eu quero exercê-las plenamente nesse período", disse.
Na semana passada, em entrevista a rádios gaúchas, a presidente já havia negado que estivesse com discurso pronto para a campanha à reeleição, alegando que cabe àqueles que buscam subsituí-la na Presidência preocupar-se em fazer campanha.
Depois de uma queda na aprovação e na intenção de voto no mês de junho, devido ao fraco desempenho econômico do país e impulsionada por uma onda de protestos, Dilma recuperou parte da popularidade e da preferência do eleitorado, mas não a ponto de ser reeleita no primeiro turno, segundo pesquisa Datafolha divulgada no sábado.
Dilma detém 35 por cento das intenções de voto, depois de uma queda para 30 por cento no final de junho, de acordo com a pesquisa. Se a eleição presidencial fosse hoje, a presidente disputaria o segundo turno com a ex-senadora Marina Silva, que tenta criar a Rede Sustentabilidade e teve 26 por cento das intenções de voto, segundo o Datafolha.
A presidente também voltou a defender, na entrevista em Itapira, a aprovação de um projeto de lei que destina os recursos dos royalties do petróleo para a educação, cuja votação pode ser concluída na Câmara nesta semana.
"O governo vem defendendo há muito tempo que a destinação dos royalties devia ser para a educação, porque nós precisamos de creche, precisamos de educação em tempo integral. Nenhum país é desenvolvido se não tiver educação em tempo integral", afirmou.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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