Marina e Dilma estão em empate técnico no 2º turno, diz CNT/MDA

  • STAFF

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff (PT) diminuiu a diferença para a ex-ministra Marina Silva (PSB) em um eventual segundo turno da eleição presidencial de outubro e as duas candidatas estão em empate técnico, com 42,7 por cento e 45,5 por cento, respectivamente, mostrou nesta terça-feira pesquisa CNT/MDA.

A redução da diferença entre as presidenciáveis deve-se, segundo o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, ao extenso tempo de TV de Dilma, muito superior ao dos outros candidatos, e ainda a uma melhora da avaliação do governo.

"O tempo de propaganda eleitoral agora... pode estar começando a fazer diferença", disse Batista. Dilma conta com 11 minutos e 24 segundos de tempo na TV, Aécio Neves (PSDB) tem 4 minutos e 35 segundos, enquanto Marina tem apenas 2 minutos e 3 segundos.

Em levantamento anterior, divulgado em 27 de agosto, Dilma aparecia com 37,8 por cento e Marinha tinha 43,7 por cento das intenções de voto em um eventual segundo turno. A margem de erro em ambas as pesquisas é de 2,2 pontos.

Para o diretor da MDA, Marcelo Souza, a simulação de segundo turno entre as duas presidenciáveis sinaliza que a candidata do PSB tende a ficar estável.

"A diferença da Marina para a Dilma era maior na última pesquisa do que nessa. Então a gente não enxerga uma tendência de crescimento da Marina", disse Souza.

No primeiro turno, a presidente e candidata à reeleição manteve a liderança nas intenções de voto com 38,1 por cento, enquanto Marina subiu para 33,5 por cento. O candidato do PSDB, Aécio Neves, apareceu em terceiro, com 14,7 por cento.

Em levantamento passado do instituto MDA, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), na disputa do primeiro turno Dilma tinha 34,2 por cento, seguida por Marina com 28,2 e Aécio aparecia com 16 por cento.

O campo da pesquisa de setembro CNT/MDA teve início no mesmo dia em que foram divulgadas denúncias de um suposto esquema de corrupção na Petrobas. Mas é pouco provável que tenham surtido efeito na opinião dos entrevistados, de acordo com o diretor-executivo da CNT.

"A gente imagina que ainda não houve um impacto, ela (a pesquisa) não conseguiu mensurar um possível impacto das denúncias", afirmou Souza.

Informações vazadas a partir do depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa à Política Federal, mediante delação premiada, revelaram um suposto esquema de repasse de recursos a políticos de partidos da base aliada do governo.

Em simulação de segundo turno entre Dilma e Aécio, a presidente ganharia, com 47,5 por cento ante 33,7 por cento do tucano, segundo a pesquisa. Em um segundo turno disputado entre Marina e Aécio, a ex-ministra venceria com 52,2 por cento, contra 26,7 por cento do tucano.

O levantamento revelou ainda que a avaliação positiva do governo Dilma é de 37,5 por cento em setembro ante 33,1 por cento em agosto, enquanto a avaliação negativa caiu de 28,8 para 23,0 por cento.

A aprovação pessoal subiu para 52,4 por cento este mês ante 47,4 por cento em agosto, e a desaprovação caiu de 47,4 por cento para 42,9 por cento.

Para a pesquisa foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 cidades das cinco regiões do país, entre os dias 5 e 7 de setembro, segundo a CNT.

(Por Maria Carolina Marcello)

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos