BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que as lideranças do Brasil precisam colocar os interesses do país acima dos seus próprios.

As declarações da presidente, durante cerimônia em que sancionou a Lei de Simplificação de Atividades Econômicas do Distrito Federal e Implantação do Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas, foram feitas ao mesmo momento em que o Congresso tentava, sem sucesso, reunir quórum para apreciação de vetos presidenciais que, se derrubados, terão impacto fiscal.

“Para mim um país do tamanho do Brasil, para ser de fato democrático, tem que exercer a democracia e ter a capacidade de articular consensos”, afirmou.

Na cerimônia, a presidente fez questão de fazer diversos elogios e demonstrar apreço ao ex-ministro da Micro e Pequena Empresa Guilherme Afif Domingos, que teve sua pasta extinta na reforma ministerial anunciada na semana passada.

Dilma afirmou que não há maior defensor dos pequenos empreendedores do que Afif e anunciou que o convidara para ser o coordenador do Conselho do Bem Mais Simples, programa do governo federal para desburocratizar a criação e fechamento de pequenas empresas.

“Assim ele vai continuar nos ajudando a desenvolver todas as nossas políticas”, disse a presidente, lembrando que a secretaria fará parte, agora, da nova Secretaria de Governo, conduzida por Ricardo Berzoini. Em resposta, ouviu do ex-ministro que eles “estarão sempre juntos”.

No evento, Dilma assinou um decreto do governo federal que dá preferência, em alguns casos, às pequenas empresas em compras da União.

As licitações até 80 mil reais serão exclusivas para as micro e pequenas empresas. Também será dada preferência para os micro e pequenos empreendedores como critério de desempate em processos licitatórios e para a subcontratação de micro e pequenas empresas nas licitações de bens, serviços e obras do governo federal.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)