Prefeito do Rio minimiza alerta australiano sobre visita de atletas a favelas nos Jogos

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, minimizou nesta terça-feira o alerta feito pelo comitê olímpico australiano para que os atletas do país evitem visitas a favelas da cidade durante os Jogos Olímpicos e afirmou que há uma dramatização sobre a segurança no Rio.

A chefe da delegação olímpica australiana, Kitty Chiller, afirmou que os atletas do país não poderão circular em favelas e outras áreas consideradas perigosas durante os Jogos Olímpicos por questão de segurança. Nem mesmo visitas oficiais às comunidades do Rio serão permitidas, de acordo com reportagem do jornal Herald Sun.

Paes lembrou que o Rio e o Brasil estão acostumados a sediar grandes eventos sem que haja problemas de segurança e que na Olimpíada não será diferente.

“Ainda há muitos desconhecimentos do Rio e do Brasil e há uma certa dramatização”, disse ele a jornalistas. “O Brasil tem, infelizmente, não demonstrado sua capacidade de entrega, mas acho que estamos fazendo esse esforço de mostrar nossa capacidade de entrega (na Olimpíada).“

Em 2014, um membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), o australiano John Coates, também polemizou sobre os Jogos do Rio ao afirmar à época que a preparação da cidade era a mais atrasada da história dos Jogos. Um representante do COI veio para o Brasil, após o alerta, para acompanhar mais de perto o andamento das obras da cidade.

“Cá entre nós, o comitê da Austrália tem sido fonte de agressões ao Brasil”, afirmou o prefeito.

Na semana passada, dois casos de violência contra estrangeiros foram registrados na cidade e tiveram grande repercussão global. Uma turista argentina morreu a facadas na praia de Copacabana em tentativa de assalto e um professor peruano, que morava na cidade há cerca de 30 anos, foi morto em um assalto na zona norte. Suspeitos de cometerem os crimes foram presos pela polícia.

Sobre o Zika vírus, que tem sido motivo de preocupação nas últimas semanas, Paes reiterou que a doença não vai afetar os Jogos. “O Zika é o problema do momento. Tudo será potencializado... provavelmente esse estresse vai ser substituído por outro que ainda surgirá”, declarou.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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