Vazamento de oleoduto no Peru polui dois rios da Amazônia

LIMA (Reuters) - Vazamentos no principal oleoduto do Peru causaram o derramamento de três mil barris de petróleo em uma região da Amazônia, informou a operadora Petroperu na segunda-feira, e o petróleo poluiu dois rios dos quais vilarejos próximos dependem para o fornecimento de água, de acordo com autoridades do governo.

Dois rompimentos no oleoduto interromperam o transporte de entre cinco e seis mil barris de petróleo por dia, disse a estatal Petroperu.

O petróleo vazou nos rios Chiriaco e Morona, localizados no noroeste peruano, segundo o Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental (Oefa), a agência reguladora nacional do meio-ambiente.

Pelo menos oito comunidades nativas Achuar dependem da água dos rios, disse Edwin Montenegro, um líder indígena local.

O Ministério da Saúde do Peru declarou uma emergência de qualidade da água em cinco distritos nas proximidades dos vazamentos.

A Petroperu enfrentará multas equivalentes a 17 milhões de dólares se exames confirmarem que os vazamentos, ocorridos no final de janeiro e no início de fevereiro, prejudicaram a saúde dos locais, afirmou a Oefa.

Pode levar "algum tempo" para que as operações sejam retomadas, disse o presidente da estatal petroleira, Germán Velásquez.

A Petroperu opera o oleoduto e também refina o petróleo que transporta, operações cujo volume diminuiu para entre cinco e seis mil barris por dia nos últimos meses devido ao cenário de queda no preço da commodity.

O oleoduto transporta principalmente petróleo do bloco 192, operado pela Pacific Exploration & Production Corp .

Chuvas fortes atrapalharam os esforços iniciais da Petroperu para conter os danos. O petróleo ultrapassou os muros de contenção e se espalhou pelos rios próximos, disse Montenegro.

Imagens de televisão mostraram trechos de floresta encharcados em lama negra e equipes de limpeza retirando baldes de petróleo dos rios.

Velásquez disse que um deslizamento de terra provavelmente provocou o primeiro rompimento, mas que a causa da segunda ruptura não está clara.

(Por Mitra Taj e Marco Aquino)

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