Crescimento dos EUA no 4º trimestre é revisado para cima a 1%

WASHINGTON (Reuters) - O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou no quarto trimestre, mas não de maneira tão forte como inicialmente calculado, com as empresas menos agressivas em seus esforços para reduzir estoques indesejados, o que pode prejudicar a produção nos três primeiros meses de 2016.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a um ritmo anual de 1 por cento ao invés de 0,7 por cento como anteriormente anunciado, informou o Departamento do Comércio nesta sexta-feira em sua segunda estimativa do PIB.

Economistas consultados pela Reuters esperavam revisão para baixo para 0,4 por cento. A economia cresceu a um ritmo de 2 por cento no terceiro trimestre.

As empresas acumularam 81,7 bilhões de dólares em estoques, mais do que os 68,6 bilhões de dólares reportados no mês passado.

As maiores contribuições para a revisão para cima do investimento em estoque foram comércio varejista e mineração, serviços públicos e construção. Como resultado, os estoques subtraíram apenas 0,14 ponto percentual do crescimento do PIB, ao invés do 0,45 ponto percentual anteriormente divulgado.

Mas os estoques maiores não são uma notícia boa para o crescimento do PIB no primeiro trimestre, já que isso significa que as empresas terão pouco incentivo para fazer novos pedidos, o que continuará segurando a produção.

As estimativas de crescimento do primeiro trimestre já chegam a 2,5 por cento, mas com viés de baixa devido à desaceleração das economias mundiais, ao dólar forte e à recente venda generalizada dos mercados acionários que apertaram as condições financeiras dos mercados.

A revisão do PIB do quarto trimestre também refletiu um déficit comercial menor do que inicialmente calculado já que as importações contraíram. O déficit comercial subtraiu 0,25 ponto percentual, em vez de 0,47 ponto como divulgado mês passado.

Os gastos empresariais em equipamentos contraíram apenas 1,8 por cento no último trimestre, comparado com o recuo de 2,5 por cento divulgado antes.

Houve também ajustes nos gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços a atividade econômica dos EUA. Os gastos subiram 2 por cento, e não 2,2 por cento como informado anteriormente.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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