Sobras de coleções da Cia Hering podem afetar empresa no 1º trimestre
SÃO PAULO (Reuters) - A varejista de moda Cia Hering
"A gente fez um esforço grande em 2015 para reduzir sobras, conseguiu reduzir no fim do ano, mas ainda há algumas que devem impactar negativamente, especialmente no primeiro trimestre", disse o diretor financeiro e de relações com investidores, Frederico Oldani, em teleconferência com analistas.
A varejista disse na véspera que há incertezas no desempenho das vendas nos próximos trimestres devido ao ambiente econômico do país. O lucro líquido da empresa caiu 24 por cento no quarto trimestre, período tido como o mais importante para o comércio.
Entre as prioridades da companhia em 2016 está a retomada das margens, o que deve ocorrer com a normalização dos estoques. Os executivos não estipularam projeção para esse movimento.
Segundo Oldoni, dos 25 milhões de reais de estoque pronto, metade tende a impactar as margens negativamente por causa dos descontos praticados. A outra metade são produtos perenes e já prontos por antecipação de calendário, afirmou o executivo.
A Cia Hering acredita que a reforma de lojas pode impulsionar a retomada do crescimento.
"Temos um plano agressivo de reforma. Vai ser o ano de maior número de reforma de lojas na história da empresa. Acreditamos na melhora do desempenho das vendas a partir da reforma de lojas, um importante catalisador", disse Oldani.
Ele estimou, ainda, que a Cia Hering pode ter despesas não recorrentes em 2016 por causa de enxugamento da estrutura da empresa, assim como no ano passado.
Em 2015, a empresa teve outras despesas operacionais com reduções, principalmente de quadro de pessoal em fábrica, o que deve se repetir este ano. A Cia Hering chegou a ter 9.700 funcionários ao final de 2013 ante 6.700 atualmente.
(Por Juliana Schincariol)