G20 dirá que mundo precisa olhar além de política monetária para crescer

Por Jan Strupczewski e Gernot Heller

XANGAI (Reuters) - As maiores economias do mundo devem declarar neste sábado que precisam olhar para além de taxas de juro muito baixas e emissão de dinheiro para que a economia global saia de seu torpor, e renovar o foco em reformas estruturais para impulsionar a atividade.

Uma versão preliminar do comunicado a ser divulgado pelo grupo de ministros de finanças e membros de bancos centrais do G20 no fim de uma reunião de dois dias em Xangai reflete diversas preocupações e fricções políticas que têm sido exacerbadas pelo crescimento econômico vacilante e turbulências nos mercados nos meses recentes.

"A recuperação global continua, mas permanece desigual e fica aquém de nossa ambição pelo crescimento forte, sustentável e balanceado", afirmam os líderes em uma versão do comunicado vista pela Reuters.

"Políticas monetárias continuarão a apoiar a atividade econômica e garantir estabilidade de preços... mas a política monetária sozinha não pode levar ao crescimento balanceado".

A geopolítica ocupou um espaço proeminente, com o texto apontando que riscos e vulnerabilidades cresceram diante de um cenário que inclui o choque de uma potencial saída britânica da União Europeia e a crise sobre os crescentes números de refugiados e imigrantes.

Uma autoridade sênior que viu diversas versões do texto disse que a potencial saída britânica - a ser decidida por referendo em 23 de junho - não havia sido mencionada em versões anteriores, mas foi acrescentada depois de uma defesa forte de sua inclusão por parte de autoridades britânicas.

"O risco de o Reino Unido deixar a União Europeia não estava no comunicado na quinta-feira", disse.

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