Supermercados esperam vendas de menores a estáveis na Páscoa, diz Abras

SÃO PAULO (Reuters) - Os supermercados do Brasil esperam vendas menores ou estáveis no período da Páscoa, no fim de março, informou nesta segunda-feira a associação que representa o setor, Abras, acrescentando que o faturamento de janeiro caiu na comparação anual.

Segundo pesquisa da entidade, 41,9 por cento dos supermercadistas do país esperam vendas da Páscoa estáveis e 39,5 por cento acreditam em queda em relação à mesma temporada de 2015. Apenas 18,6 por cento dos empresários do setor esperam uma melhora no desempenho para o período.

"A Páscoa sempre é muito aguardada pelo setor, mas entendemos que o atual momento econômico vem refletindo na expectativa dos supermercadistas", disse o presidente da Abras, Sussumo Honda, em comunicado. A Páscoa é a segunda data mais importante para o setor, atrás apenas do Natal.

A pesquisa da Abras apontou ainda que as redes varejistas apostaram em produtos de menor valor agregado para a Páscoa neste ano, como caixas de bombons e chocolates em barra. A categoria de ovos de Páscoa teve queda 7 por cento nas encomendas dos supermercadistas, segundo a Abras.

O levantamento também mostrou que quase todos os produtos ligados à época tiveram queda de encomenda pelos supermercados, como peixes e vinhos. Da lista de produtos mais consumidos na Páscoa, somente o grupo refrigerantes e cervejas (+3,2 por cento) e os azeites (+0,7 por cento) tiveram encomendas maiores.

JANEIRO

A entidade registrou queda de 3,38 por cento nas vendas reais dos supermercados do país em janeiro sobre um ano antes. Na comparação com dezembro, a queda foi de 19,6 por cento.

"Desemprego e inflação em alta, reduziram a renda disponível do consumidor e, combinado a um quadro de incertezas econômicas, houve impacto nas vendas", disse Honda em comunicado.

A Abras informou no mês passado que espera queda de 1,8 por cento nas vendas reais dos supermercados do país este ano, após queda de 1,9 por cento em 2015.

Em janeiro, a cesta de produtos pesquisada pela entidade em conjunto com a empresa GfK apontou alta nominal de 2,99 por cento nos preços sobre dezembro e de 17,44 por cento sobre o mesmo mês de 2015, a 452,22 reais. As maiores altas sobre dezembro envolveram produtos de hortifruti como cebola (23 por cento), tomate (21,6 por cento), farinha de mandioca (17,76 por cento) e açúcar (10,2 por cento).

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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