Ministério anuncia reforço para saúde no Rio de Janeiro durante Olimpíada

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em meio a preocupações com o sistema de saúde do Rio de Janeiro e temores com o Zika vírus, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, reafirmou nesta quinta-feira que turistas podem viajar para a Olimpíada do Rio em segurança e anunciou reforços aos atendimentos durante os Jogos Olímpicos.

Em evento no Rio de Janeiro após reunião com representantes da prefeitura e governo do Estado do Rio de Janeiro, o ministro anunciou um reforço na assistência à saúde dos turistas que virão ao país para a Olimpíada, que inclui novas ambulâncias e aprimoramentos na infraestrutura e organização de serviços.

Entre as ações de reforço, está a compra de 146 ambulâncias pelo Ministério da Saúde em investimento de 42 milhões de reais na aquisição e aparelhamento de veículos. Após a Olimpíada, as ambulâncias serão usadas para renovação da frota em outras cidades do país.

Também serão disponibilizados 130 leitos nos hospitais federais e institutos do Rio de Janeiro, além da contratação de cerca de 2.500 profissionais de saúde temporários, entre médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.

“Com as providências que nós estamos tomando, todos os cuidados, estamos seguros de que as pessoas podem vir para cá com segurança", disse o ministro a jornalistas.

"Há uma recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde)para as grávidas, para evitar os países onde esteja circulando o vírus Zika e isso é uma coisa que a gente respeita e compreende”, disse.

Assim como feito por autoridades municipais e organizadores dos Jogos, Castro insistiu em dizer a quem pretende visitar o Rio na Olimpíada para não ter medo, uma vez que no mês de agosto o clima estará mais seco e frio, proporcionando condições menos favoráveis para o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus. Os Jogos ocorrem de 5 a 21 de agosto.

“As pessoas sempre perguntam como vai ser o problema do Zika vírus, da dengue, do chikungunya na Olimpíada. Então a gente mostra que o período que tem maior número de dengue no país coincide com o verão”, disse Castro.

“Em julho praticamente chega a nível basal e agosto, o período da Olimpíada e Paralimpíada, é quando temos o menor número de casos. Como estamos fazendo um esforço no Brasil que nunca foi feito... esperamos que a situação seja mais favorável ainda, especialmente aqui do Rio de Janeiro”, disse.

Apesar do Aedes aegypti ficar menos ativo nos meses menos quentes, uma análise da Reuters de registros municipais de saúde de alguns anos mostra que infecções transmitidas por mosquitos nos meses de agosto podem ser tão ruins ou até piores que nos meses de pico usuais para as infecções.

(Por Caio Saad)

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