"Marcha contra o medo" em Bruxelas é adiada para poupar esforços policiais
BRUXELAS (Reuters) - Organizadores cancelaram uma marcha em Bruxelas, marcada para o domingo, para mostrar um sinal de resiliência e desafio aos atentados com bomba na última semana, após autoridades terem pedido que pessoas evitassem colocar mais pressão sobre a já sobrecarregada força policial do país.
A Bélgica, neste sábado, acusou três pessoas de terrorismo em conexão com os ataques no aeroporto e em uma estação de metrô na terça-feira, nas quais 31 pessoas foram mortas, incluindo três agressores, e centenas ficaram feridas.
Nos dias seguintes, a polícia executou uma série de operações e prisões na cidade, e o governo tem mantido o alerta de segurança no nível três, o segundo maior.
O prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur, e o ministro do Interior, Jan Jambon, pediram para que a manifestação seja adiada por várias semanas.
“Dado o nível de segurança 3 e a capacidade da polícia, o ministro do Interior e o prefeito pedem para que vocês adiem a reunião de amanhã”, disse o prefeito pelo Twitter.
O organizador, Emmanuel Foulon, porta-voz do Parlamento Europeu, disse compreender totalmente esse argumento.
“A segurança de nossos cidadãos é uma prioridade absoluta”, disse ele por email. “Concordamos totalmente com o pedido das autoridades para adiar este plano para uma data posterior. Em troca, pedimos aos cidadãos para não virem a Bruxelas no domingo.”
(Por Barbara Lewis, Foo Yun Chee e Philip Blenkinsop)