Papa diz que ataque no Paquistão foi "hediondo" e cobra proteção a cristãos

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco repudiou nesta segunda-feira o ataque suicida de militantes islâmicos que matou pelo menos 70 pessoas no Paquistão, muitas delas cristãs, classificando-o como "hediondo" e exigindo que as autoridades do país protejam minorias religiosas.

Falando a milhares de pessoas na Praça São Pedro na manhã da segunda-feira de Páscoa, um feriado religioso em alguns países, o papa disse que o Paquistão foi "ensanguentado por um ataque hediondo que massacrou muitas pessoas inocentes, na maioria famílias da minoria cristã".

O pontífice afirmou que o ataque da noite de domingo, ocorrido em um parque movimentado da cidade paquistanesa de Lahore, foi "um crime vil e sem sentido".

"Apelo às autoridades civis e a todos os setores da nação para que façam todos os esforços para restaurar a segurança e a serenidade da população, e em particular das minorias religiosas mais vulneráveis".

Francisco, o líder espiritual do 1,2 bilhão de católicos de todo o mundo, disse que também rezou para que Deus "detenha as mãos dos violentos que semeiam terror e morte".

Um grupo militante dissidente do Taliban que chegou a declarar lealdade ao Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela explosão.

O Paquistão é um país de maioria muçulmana, mas tem uma população cristã estimada em mais de 2 milhões de pessoas.

(Por Philip Pullella)

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