Déficit de conta corrente da Grã-Bretanha dispara, Osborne alerta contra saída da UE
Por William Schomberg e Ana Nicolaci da Costa
LONDRES (Reuters) - O déficit das transações correntes da Grã-Bretanha aumentou para uma máxima recorde no final do ano passado, destacando um ponto fraco em uma economia que está no centro das atenções antes da votação que decidirá se o país continuará na União Europeia.
Dados oficiais divulgados nesta quinta-feira mostraram que a economia britânica cresceu 0,6 por cento no quarto trimestre em comparação com os três meses anteriores, contra estimativa anterior de 0,5 por cento, ajudada pelo dominante setor de serviços do país.
Enquanto isso, uma medida de confiança do consumidor ficou travada em seu menor nível em mais de um ano, atingida pelas preocupações com o referendo sobre a UE e com os persistentes problemas econômicos da zona do euro.
Mas o déficit das transações correntes foi o ponto de destaque. Ele disparou para 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante 4,3 por cento do PIB no terceiro trimestre, mais do que o esperado.
O ministro das Finanças, George Osborne, disse que os números destacam a importância da Grã-Bretanha votar pela permanência na UE no referendo de 23 de junho.
"Os números de hoje expõem o perigo real da incerteza econômica e mostram que agora não é o momento para colocar nossa segurança econômica em risco saindo da UE", disse Osborne.