Há "forte consenso científico" sobre ligação do Zika com microcefalia, diz OMS

GENEBRA (Reuters) - Pesquisadores estão convencidos de que o Zika vírus possui ligação com microcefalia em recém-nascidos e com a síndrome de Guillain-Barré, raro problema neurológico que pode enfraquecer músculos e causar paralisia, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira.

Em relatório, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o vírus que se espalha pela América Latina e Caribe "muito provavelmente" seria a causa.

"Com base em observações, estudos de grupo e controle de casos, há um forte consenso científico de que o Zika vírus é uma causa da GBS (síndrome de Guillain-Barré), microcefalia e outros distúrbios neurológicos", disse a agência em atualização semanal.

Seis países onde o Zika vírus não é conhecido por se espalhar por mosquitos relataram infecções, provavelmente por transmissão sexual, informou a organização, citando Argentina, Chile, França, Itália, Nova Zelândia e Estados Unidos.

A OMS declarou em 1º de fevereiro o surto de Zika como emergência de saúde internacional, citando uma "forte suspeita" da relação entre a infecção na gravidez e microcefalia, uma má-formação cerebral.

Embora o Zika não tenha sido provado como causa da microcefalia em bebês, existem evidências crescentes que sugerem a ligação.

No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é para que a população, principalmente mulheres grávidas e em idade fértil, tomem medidas simples que possam evitar o contato com o mosquito Aedes aegypti, como utilizar repelentes, proteger-se da exposição de mosquitos, manter portas e janelas fechadas ou teladas e usar calça e camisa de manga comprida.

(Reportagem de Stephanie Nebehay)

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