Bancos chineses reduzem teto de provisões para perdas com calotes

Por Engen Tham e Matthew Miller

XANGAI/PEQUIM (Reuters) - Três dos cinco maiores bancos da China cortaram o teto de provisão para perdas com empréstimos para cerca de 150 por cento, um sinal de que o regulador bancário pode estar reduzindo as exigências que os bancos precisam fazer para perdas futuras.

Para grandes bancos comerciais chineses, o movimento pode permitir lucros mais estáveis, mesmo com aumento de empréstimos de má qualidade e com a queda nas receitas com negócios tradicionais, dizem analistas.

O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), maior do mundo, disse nesta semana que cortou a relação entre provisão de perda para empréstimo para 141,21 por cento no final de março, ante 156,34 por cento no fim de 2015. No Banco da China (BOC), a proporção caiu para 149,07 por cento.

O Bank of Communications informou ter reduzido seu índice a 151,24 por cento ante 155,57 por cento no trimestre anterior.

Enquanto os índices de inadimplência ficaram estáveis, o volume de empréstimos em atraso no trimestre aumentou em 53,2 bilhões de yuans (8,21 bilhões de dólares).

Os bancos chineses começaram a montar reservas para calotes após o boom de crédito de 2009, elevando os níveis de provisão do sistema no fim de 2015 para cima de 180 por cento, cerca de três vezes a média dos bancos dos Estados Unidos, disse Sophie Jiang, Chefe de pesquisa de bancos do Nomura Kong e para China e Hong Kong.

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