Políticos moderados do Irã tem ganho modesto nas eleições parlamentares

DUBAI (Reuters) - Os candidatos aliados do presidente do Irã, Hassan Rohani, saíram fortalecidos no segundo turno das eleições parlamentares, segundo mostraram resultados preliminares neste sábado, mas sua facção moderada não seria suficiente para garantir a maioria absoluta no Parlamento.

Se confirmado, o resultado sugere que o próximo parlamento do Irã dará mais apoio aos movimentos de reformas econômicas de Rouhani, mas os conservadores continuarão a ser uma força poderosa e podem limitar as perspectivas de mudanças sociais.

Os iranianos votaram na sexta-feira para 68 cadeiras onde nenhum candidato tinha vencido decisivamente no primeiro turno.

Os aliados moderados e centristas de Rouhani obtiveram grandes conquistas na votação de 26 de fevereiro para a legislatura e para um organismo clerical que irá eleger o próximo líder supremo do país, mas não conseguiram conquistar a maioria dos 209 assentos da assembleia.

Rouhani, que chegou ao poder em 2013 com a promessa de acabar com o isolamento geral do Irã, tem tido um apoio crescente desde que chegou a um acordo nuclear com potências mundiais no ano passado, o que resultou na retirada das sanções internacionais em janeiro.

A agência de notícias ISNA disse que 34 "reformistas" ganharam assentos, referindo-se aliados de Rouhani, junto com 22 candidatos independentes e apenas sete conservadores. Ainda estavam realizando contagens para cinco lugares restantes. Todos os resultados devem ser aprovados pelo Conselho Guardião.

Uma contagem extra-oficial da Reuters relativa ao primeiro turno mostrou que os conservadores ficaram com cerca de 112 assentos, reformistas e centristas com 90 e independentes e minorias religiosas com outros 29. As cifras são aproximadas, porque o Irã não tem filiações partidárias rígidas. Alguns candidatos foram apoiados por dois campos.

Portanto, se os resultados de sábado se confirmarem, nem os moderados nem os conservadores terão os 146 assentos necessários para uma maioria no próximo Parlamento, que terá início em 27 de maio.

(Por Sam Wilkin)

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