Empresas de cibersegurança afirmam que hackers que invadiram BC de Bangladesh atacaram outros bancos

WASHINGTON/CINGAPURA (Reuters) - Hackers que roubaram 81 milhões de dólares do banco central de Bangladesh foram vinculados a um ataque contra um banco nas Filipinas, além do ataque contra a Sony Pictures em 2014, afirmou a empresa de cibersegurança Symantec.

A polícia federal dos Estados Unidos (FBI) responsabilizou a Coreia do Norte pelo ataque contra o estúdio da Sony em Hollywood.

Um executivo sênior da Mandiant, a companhia de cibersegurança que investiga o ataque ao BC de Bangladesh, também afirmou à Reuters que os hackers recentemente invadiram bancos no sudeste da Ásia.

Em mensagem publicada na quinta-feira, a Symantec não identificou o nome do banco nas Filipinas ou informou se algum dinheiro foi roubado, mas afirmou que os ataques puderam ser rastreados a outubro do ano passado. A empresa não identificou os hackers.

O vice-presidente do BC das Filipinas, Nestor Espenilla, afirmou à Reuters que nenhum banco no país perdeu dinheiro para hackers, apesar dele não excluir a possibilidade de ciberataques.

"Estamos verificando se há ataques similares contra os bancos das Filipinas", disse Espenilla. "Entretanto, nenhuma perda foi comunicada até agora (...) Uma coisa é ser atacado. Outra coisa é perder dinheiro."

Marshal Heilman, vice-presidente da Mandiant, uma parte da norte-americana FireEye, afirmou que não está claro se algum dinheiro foi perdido nos outros ataques que ele descreveu ou se os hackers conseguiram ser bloqueados.

"Há um grupo operando no sudeste da Ásia que definitivamente entende a indústria bancária e está em mais de um local", disse ele. Heilman não quis identificar países ou instituições atacadas, afirmando apenas que o mesmo grupo se envolveu no roubo ao BC de Bangladesh.

Houve pelo menos quatro ciberataques conhecidos contra bancos envolvendo mensagens fraudulentas na rede de pagamentos SWIFT, com um datando de 2013. A SWIFT, sigla em inglês para Sociedade para Telecomunicações Globais Interbancárias, pediu aos bancos nesta semana para ampliarem a segurança, afirmando que está ciente de múltiplos ataques.

Bancos ao redor do mundo usam mensagens da SWIFT para emitirem instruções de pagamento entre si.

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