Após 16 anos de acidente, corpos de alpinistas são deixados em pico do Tibete por respeito

Por Gopal Sharma

KATMANDU (Reuters) - Os corpos de dois renomados alpinistas norte-americanos, encontrados no Tibete 16 anos depois de terem morrido em uma das montanhas mais altas do mundo, foram deixados intactos por respeito, disse nesta segunda-feira um dos montanhistas que os encontraram.

Alex Lowe e David Bridges foram levados por uma avalanche em 1999 durante uma tentativa de escalada do 14º pico mais alto do planeta, o Shishapangma.

O suíço Ueli Steck e o alemão David Goettler, que se aventuravam na mesma rota da Face Sul do pico de 8.013 metros, encontraram por acaso os corpos da dupla, recobertos de gelo, a uma altitude de 5.900 metros.

"Os corpos estavam a 2 metros de distância", contou Steck à Reuters depois de voltar do Tibete para a capital do Nepal, Katmandu.

Uma instituição de caridade da esposa de Lowe, Jenni Lowe-Anker, fez o anúncio no dia 2 de maio.

         Steck e Goettler, que haviam ouvido falar do desaparecimento dos alpinistas lendários naquela rota 16 anos atrás, desceram para a base avançada de seu acampamento, a 5.700 metros de altura.

Goettler ligou para Conrad Anker, participante da expedição de 1999 que sobreviveu à avalanche, e descreveu o ocorrido.

"Não os conhecíamos e não fomos capazes de reconhecê-los", disse Steck do lado de fora de seu hotel em Katmandu.

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