Justiça torna indisponíveis bens de Cunha e de sua mulher
(Reuters) - A Justiça Federal do Paraná determinou nesta terça-feira o bloqueio dos bens do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e da mulher dele, a jornalista Cláudia Cruz, em resposta a uma ação de improbidade administrativa movida pela força-tarefa da operação Lava Jato.
A ação do Ministério Público Federal acusa o parlamentar de ter recebido propina na compra pela Petrobras de 50 por cento de um bloco petrolífero em Benin, na África. [nL1N196008]
Também foram indisponibilizados os bens do ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada; de João Augusto Rezende Henriques, acusado de ser o operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras; e do empresário português Idalécio Oliveira, proprietário da Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl.
Na sua decisão, o juiz Augusto César Pansini Gonçalves também determinou a quebra do sigilo fiscal de Cunha desde o ano-calendário de 2007.
Em nota, Cunha disse ter entrado no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a ação de improbidade, que voltou a classificar de "absurda", pedindo liminar contra a medida da força-tarefa da Lava Jato.
O presidente afastado da Câmara também disse que entrará imediatamente com recurso em instância superior contra a decisão de bloqueio de seus bens.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)