Por trás das caixas do Amazon Prime, uma alta no mercado de armazéns
(Reuters) - Com a Amazon e outros sites de varejo online continuando a pegar a parcela de mercado e outras varejistas físicas, os gestores de fundos mútuos estão aumentando suas apostas em uma parte negligenciada da explosão do varejo online: armazéns.
Veículos de investimentos em ativos imobiliários que possuem centros de distribuição necessários para preencher todas as caixas do Amazon Prime cada vez mais são considerados favoritos em Wall Street, após dois anos de subdesempenho ante o mercado imobiliário mais amplo.
Em grande parte, o movimento acontece devido às mudanças nas cadeias de suprimentos de gigantes do varejo online como a Amazon.com ao longo dos próximos anos, conforme focam em entregas rápidas, dentro de dois dias.
Embora uma varejista tradicional possa enviar um engradado cheio de mercadorias a uma loja, as varejistas online enviam pacotes individuais. Isto requer significativamente mais espaço para reter grandes quantidades de estoques à mão e para direcionar todas estas caixas, disse o analista da empresa de pesquisas Green Street Advisors, Eric Frankel.
Isto permitiu que empresas como a Prologis -que tem a Amazon entre as maiores clientes- elevassem seus aluguéis ao recorde de 20,1 por cento no primeiro trimestre do ano. Mesmo com os aumentos no aluguel previstos para este ano, as taxas de ocupação estão em suas máximas desde 2000, tornando mais provável o aumento nos aluguéis de armazéns mais novos e modernos, próximos a grandes cidades, dentro do setor.
A posse de empresas imobiliárias como a Prologis e Duke Realty por fundos saltou ao menos 30 por cento no último trimestre, segundo a Morningstar. Ao mesmo tempo, o preço de suas ações estão em alta de 15 por cento ou mais no ano, ultrapassando muito o ganho de 3 por cento no S&P 500.
(Por David Randall)