Governo britânico paralisa venda de participações no bancos RBS e Lloyds após Brexit, dizem fontes

Por Andrew MacAskill

LONDRES (Reuters) - O governo britânico congelou os planos de vender neste ano participações no Royal Bank of Scotland e no Lloyds, após a votação do Brexit, disseram fontes, decisão que pode deixar um buraco bilionário nas finanças públicas.

O Tesouro planejava reduzir ainda mais sua exposição aos bancos que assumiu durante a crise financeira, levantando 9 bilhões de libras (11,9 bilhões de dólares) com vendas de ações.

Mas a turbulência do mercado e a incerteza econômica desencadeada pelo voto dos britânicos na semana passada para deixar a União Europeia forçaram autoridades políticas a arquivar planos de vender todas as ações até 2017, no mínimo, fontes próximas ao Tesouro disseram à Reuters.

O Tesouro detém atualmente 73 por cento do Royal Bank of Scotland (RBS) e 9 por cento do Lloyds. O governo britânico até agora só conseguiu recuperar pouco mais de metade dos 133 bilhões de libras que gastou resgatando os bancos.

Um programa de seis meses a vender ações do Lloyds no mercado deve expirar em 30 de junho e ainda não há planos imediatos para prorrogá-lo, disseram as fontes.

O ministro das Finanças, George Osborne, tinha planos de vender cerca de 2 bilhões de libras em ações do Lloyds para pequenos investidores ainda este ano e algumas para institucionais, dentro do objetivo de devolver o banco ao controle privado. Ele também planejava vender 5,4 bilhões de libras em ações do RBS até o fim do ano.

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