EUA propõem voos sem escala para Havana a companhias aéreas  

Por Jeff Mason

WASHINGTON (Reuters) - O governo do presidente norte-americano, Barack Obama, propôs nesta quinta-feira a oito empresas aéreas, entre elas United Continental Holdings Inc, Delta Air Lines Inc DAL.N, American Airlines Group Inc e JetBlue Airlines Corp, que passem a oferecer voos sem escala dos Estados Unidos a Havana, capital de Cuba, já no outono local, disseram funcionários governamentais.

A lista provisória de companhias, que ainda precisa ser finalizada, também inclui Alaska Air Group Inc, Frontier Airlines, Southwest Airlines Co e Spirit Airlines Inc.

"Hoje damos mais um passo importante para cumprir a promessa do presidente Obama de reatar com Cuba", disse o secretário de Transportes dos EUA, Anthony Foxx, em um comunicado entregue à Reuters.

"Restaurar o serviço aéreo regular tem um potencial tremendo para reaproximar famílias cubano-norte-americanas e fomentar a educação e oportunidades para empresas norte-americanas de todos os tamanhos", afirmou.

As viagens de ida e volta partiriam de cidades dos EUA com grandes populações cubano-norte-americanas e que servem como pontos de conexão ou polos dentro dos Estados Unidos, como Atlanta, Charlotte, Fort Lauderdale, Houston, Los Angeles, Miami, Newark, Nova York, Orlando e Tampa, na Flórida.

Doze empresas aéreas se candidataram para ter direito de operar voos de passageiros e de carga para Havana.

As autoridades disseram que as seleções foram feitas de forma a ter uma variedade de companhias, desde as maiores e mais antigas até as de baixo custo, partindo de uma série de aeroportos e cidades.

A decisão acontece cerca de um ano depois de Washington e Havana terem restabelecido formalmente suas relações diplomáticas depois de décadas de tensão durante a Guerra Fria. A retomada dos laços é um dos grandes trunfos da política externa de Obama, que encerra seu segundo mandato em janeiro.

Embora uma proibição de viagens e um embargo comercial a Cuba ainda estejam em vigor, o governo Obama diminuiu as restrições e vem fazendo pressão para que o Congresso anule o embargo de uma vez por todas. As viagens de norte-americanos para Cuba aumentaram 77 por cento no último ano, disse uma autoridade.

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