Ator e diretor John Krasinski arranca risos e lágrimas em 'The Hollars'
Por Piya Sinha-Roy
LOS ANGELES (Reuters) - Um diagnóstico de câncer no cérebro de uma matriarca idosa pode não ser o cenário ideal para uma comédia, mas o ator e diretor John Krasinski quis mostrar em seu filme "The Hollars" que a vida nem sempre diferencia tragédia e humor.
"Ninguém tem tempo de se preparar para os momentos ruins da vida, e ninguém tem tempo de se preparar para os momentos bons da vida", disse Krasinski. "Eles simplesmente meio que acontecem".
"The Hollars", que estreia nos Estados Unidos na sexta-feira, acompanha o que acontece logo depois do diagnóstico de Sally Hollar. Sua família problemática se prontifica a ajudá-la, cada pessoa com seus próprios fardos.
Internada em um hospital, Sally (Margo Martindale) conforta seus filhos adultos Ron (Sharlto Copley) e John (Krasinski), um passando por um divórcio e o outro prestes a se tornar pai, enquanto seu marido Don (Richard Jenkins) luta para manter seu negócio vivo.
"Foi um olhar muito honesto sobre a vida, um olhar honesto sobre uma situação (com) uma família surpreendente e difícil, e extremamente divertido", disse Margo. "É a maneira que você espera que a vida seja em uma situação muito trágica."
Krasinski disse que Margo era tão essencial para o papel de Sally que não teria feito o filme sem ela. Em uma cena emotiva, "ela trouxe algo tão real, tão pessoal, tão vulnerável, tão primitivo que aquilo não foi uma atuação", disse.
Enquanto os Hollars lidam com as circunstâncias, grande parte do humor vem de personagens coadjuvantes, como o enfermeiro ciumento (Charlie Day), o padre paciente (Josh Groban), a namorada grávida neurótica (Anna Kendrick) e o médico pragmático (Randall Park).
"The Hollars" é o segundo filme dirigido por Krasinski, que é mais conhecido por interpretar o bom rapaz Jim Halpert da longeva série cômica "The Office", da rede NBC.
Krasinski contou ter visto uma vantagem em ser o ator e o diretor de "The Hollars" e trabalhar bem de perto com o elenco para criar cenas emotivas e cômicas enquanto contava a história de uma mulher nos estágios finais da vida.
"Adorei ser parte de um filme e ser parte de uma estória sobre uma mãe e uma mulher de sua idade e na sua situação", afirmou ele. "Estas são as estórias que realmente precisam ser contadas, não só aquelas sobre gente super bonita de menos de 30 anos".
Margo disse que espera que as plateias saiam com um pensamento: ligar para suas mães.