Juizados da Rio 2016 têm 244 audiências e 76 prisões são decretadas durante Jogos

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Juizados especiais que atuaram em várias regiões do Rio durante os Jogos Olímpicos realizaram 244 audiências, com 97 transações penais (acordos com os denunciados), e foram decretadas 76 prisões preventivas, informou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta sexta-feira.

Durante os Jogos de 2016, que ocorreram de 5 a 21 de agosto, foram registradas ainda 182 ocorrências de cambismo.

“Avalio como extremamente positiva a atuação do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos. Tivemos um grupo que trabalhou de forma ininterrupta em sistema de plantão e rodízio, com uma atuação firme e dedicada”, disse o desembargador Mauro Martins.

Entre os presos está o irlandês Patrick Hickey, que dirigia o comitê olímpico de seu país e era membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele permanece detido no sistema prisional do Rio, suspeito de participar de um esquema de venda ilegal de ingressos.

O caso de maior repercussão internacional envolveu quatro nadadores dos Estados Unidos --incluindo Ryan Lochte-- que disseram ter sido assaltados à mão armada no Rio. A polícia descobriu, porém, que não houve roubo, mas uma confusão num posto de gasolina quando os atletas retornavam de uma festa durante a madrugada.

Um dos nadadores, James Feigen, foi indiciado por falsa comunicação de crime e fez acordo para pagar uma multa de 35 mil reais, convertida em doação de material a um instituto esportivo. Lochte também foi indiciado, mas, como já estava nos EUA, deve ser ouvido por carta rogatória pela polícia do Rio.

“No caso dos nadadores americanos, o juizado teve atuação firme, corajosa e resolveu com equilíbrio a situação", afirmou o desembargador.

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