Obama concede medalhas a Mel Brooks, Morgan Freeman e outras estrelas das artes e humanidades

Por Roberta Rampton

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu medalhas a 24 gigantes norte-americanos das artes e das humanidades nesta quinta-feira, louvando suas conquistas – e compartilhando algumas risadas.

O comediante Mel Brooks, que Obama disse admirar por sua sátira escrachada de faroestes "Banzé no Oeste", se apoiou em um joelho, como se estivesse sendo transformado em um cavaleiro, depois de ouvir a menção oficial a "uma vida fazendo o mundo rir".

Obama alertou Brooks que o pegaria se ele tentasse vender sua Medalha Nacional de Artes no site de leilões eBay.

Ele também fez piada com Audra McDonald, estrela da Broadway cuja menção foi equivocada, e admirou os tênis cravejados da poeta Louise Glück.

"Realmente acho que Mel Brooks meio que deu o tom para esta coisa", disse Obama mais tarde. "Historicamente este tem sido um evento muito mais sisudo."

    Alguns dos outros homenageados foram o produtor da Motown Berry Gordy, o compositor Philip Glass e os autores Sandra Cisneros, Ron Chernow, Rudolfo Anaya e James McBride.

    "Acreditamos que as artes e as humanidades refletem de muitas maneiras nossa alma nacional. Elas são centrais para quem somos como norte-americanos: sonhadores, contadores de histórias, inovadores e visionários", afirmou Obama.

    "Elas são o que nos ajuda a encontrar sentido no passado – o bom e o ruim – e como determinamos um caminho para o futuro", disse.

Obama deu uma medalha ao célebre chef espanhol José Andrés, cujos restaurantes foram alguns de seus refúgios favoritos durante seu tempo em Washington, e que trabalhou com a Casa Branca em assuntos relacionados à reforma imigratória.

Não se falou da batalha de Andrés com o candidato presidencial republicano Donald Trump, que processou o chef por recuar de um acordo para abrir um restaurante em seu novo hotel de Washington depois que Trump fez comentários depreciativos sobre imigrantes mexicanos.

O ator Morgan Freeman foi homenageado, mas não compareceu. Obama afetou seriedade ao dizer que Freeman, que se envolveu com a fundação que arrecada fundos para sua biblioteca presidencial em Chicago, "sem dúvida está ocupado interpretando um presidente negro novamente".

    "Ele nunca me deixar curtir meu momento!", brincou Obama.

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