CSN pode vender 25% da Congonhas Minérios para chineses, dizem fontes
Por Guillermo Parra-Bernal
SÃO PAULO (Reuters) - A CSN está considerando vender parte de sua participação na Congonhas Minérios, segunda maior produtora de minério de ferro do Brasil, para a China Brazil Xinnenghuan International Investment (CBSteel), afirmaram duas fontes com conhecimento do assunto nesta segunda-feira.
Segundo as fontes, a CBSteel está interessada em comprar cerca de 25 por cento da Congonhas Minérios diretamente da CSN. O grupo brasileiro de siderurgia, que detém 88 por cento da Congonhas Minérios, seguiria no controle da mineradora, disseram as fontes, acrescentando que as negociações estão lentas e podem não render necessariamente em um acordo.
A primeira fonte afirmou que qualquer acordo avaliando a Congonhas Minérios como valendo cerca de 20 bilhões de dólares tem mais chance de ser bem sucedida.
No início do mês, o ministro de Relações Exteriores, José Serra, afirmou que a CBSteel estava avaliando investimento na construção de uma usina siderúrgica no Maranhão, com capacidade inicial para 3 milhões de toneladas de aço por ano.
Um porta-voz da CSN não comentou o assunto. Não foi possível contatar representantes da CBSteel no Brasil.
Segundo a primeira fonte, a venda da participação é importante para ajudar a CSN a reduzir a dívida que atualmente é de cerca de 26 bilhões de reais.
As seis companhias asiáticas que têm uma fatia de 12 por cento na Congonhas Minérios vão manter suas posições, afirmaram as fontes. As empresas são as japonesas Itochu Corp, Nisshin Steel, JFE Steel e Kobe Steel, a sul-coreana Posco e a taiuanesa China Steel.
A Congonhas Minérios foi criada no final de 2014, por meio da fusão da mina Casa de Pedra com a mineradora Namisa.
(Com reportagem adicional de Tatiana Bautzer)