Fifa sofre críticas por dissolver força-tarefa antirracismo

Por Chris Bertram

MANCHESTER (Reuters) - A Fifa, entidade que administra o futebol mundial, recebeu críticas nesta segunda-feira por dissolver sua força-tarefa antirracismo, e o ex-candidato presidencial príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia, descreveu a medida como preocupante e vergonhosa.

A secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, confirmou a decisão ao falar na conferência Soccerex em Manchester, na Inglaterra, dizendo que a força-tarefa "tinha um mandato muito específico".

"Transformaremos seu trabalho em um programa forte de política de tolerância zero com a discriminação de qualquer tipo, incluindo a violação de direitos humanos", disse. "Podemos viver com a percepção (criada pelo desmonte da força-tarefa), mas estamos adotando uma ação muito firme."

Mas o príncipe Ali, ex-membro do comitê executivo da Fifa que concorreu à presidência da organização duas vezes, disse que "a ideia de que a liderança atual da Fifa acredita que as recomendações da força-tarefa foram implementadas é vergonhosa".

    Ele acrescentou que o anúncio foi "incrivelmente preocupante".

"Nunca a necessidade de combater o racismo e a discriminação racial foi mais evidente do que é no mundo em que vivemos hoje", afirmou o jordaniano em um comunicado.

"Não é algo que uma entidade administrativa com alguma aparência de responsabilidade possa minimizar ou negar."

"A realidade, assim como em muitos programas dentro da Fifa, é que desde sua concepção a força-tarefa jamais recebeu um apoio verdadeiro, e seu papel teve mais a ver com a imagem da Fifa do que com o enfrentamento real dos problemas", acrescentou.

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