Adolescente mata pai antes de abrir fogo em escola nos Estados Unidos
Por Harriet McLeod
CHARLESTON, EUA (Reuters) - Um garoto de 14 anos matou o pai a tiros antes de ir a uma escola primária próxima e ferir duas crianças e uma professora com um revólver na tarde desta quarta-feira na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, disseram autoridades.
O bombeiro voluntário Jamie Brock segurou o suspeito numa área de lazer atrás da Escola Fundamental de Townville no condado de Anderson até a polícia chegar, dando a um professor tempo para colocar os alunos dentro do prédio, disseram autoridades. O suspeito nunca esteve na escola, localizada cerca de 160 km a nordeste de Atlanta.
Uma das crianças de seis anos alvejadas estava em condição crítica e passava por cirurgia, disse Scott Stoller, diretor dos serviços de emergência do condado de Anderson, ao Anderson Independent Mail.
Juana Slade, porta-voz de um centro médico, disse que eles tratavam uma mulher adulta e um menino. Ambos estavam em boa condição, afirmou.
Autoridades declararam que o homem morto tinha 47 anos e era o pai do adolescente, Jeffrey DeWitt Osborne. O rapaz deu um tiro no peito do pai e em seguida dirigiu uma caminhonete cerca de 3 km para a escola, onde ele bateu o veículo contra o muro perto do playground.
Um aluno foi atingido por um tiro na perna, e o outro estudante foi atingido no pé. A professora foi atingida no ombro, disseram autoridades. O atirador e todas as vítimas eram brancos.
Garland Major, do gabinete do xerife do condado de Anderson, não sabia que relação havia entre o agressor e os feridos na escola. Ele afirmou que um revólver foi usado, mas não diria onde exatamente o ataque ocorreu e como o atirador entrou na escola.
O incidente é o mais recente de uma série de ataques a tiros em escolas norte-americanas, episódios que têm alimentado um debate sobre o acesso a armas nos EUA.
Policiais armados protegiam os estudantes quando eles foram retirados da escola e levados de ônibus para uma igreja próxima, disse a imprensa local. Imagens de TV mostraram a polícia tomando o colégio, com alguns policiais no teto, enquanto outros se moviam ao redor do prédio.
Jamie Meredith, cuja filha está no jardim de infância da escola, disse à imprensa no local que entrou em pânico depois de saber dos tiros. A sua filha está bem, mas descreveu uma cena de crianças amedrontadas e chorando.
Cerca de 280 estudantes frequentam o colégio.
Em 2012, um atirador matou 20 crianças e seis educadores na Escola Fundamental de Sandy Hook, em Newtown, Connecticut. A ação com mais mortes contra uma escola foi em 2007, quando um atirador matou 32 pessoas na Universidade Virginia Tech.
Neste mês, um menina de 14 anos atirou e feriu uma colega numa escola do Texas e morreu depois de atirar em si mesma.
(Reportagem adicional de Colleen Jenkins em Winston-Salem, na Carolina do Norte, Curtis Skinner em San Francisco e Laila Kearney em Nova York)