Bovespa sobe 1,7% impulsionada por Petrobras; Braskem salta 10%

Por Flavia Bohone

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista fechou em alta e acima dos 59 mil pontos nesta quarta-feira pela primeira vez em quase três semanas, impulsionada pelos ganhos da Petrobras após a notícia de que a Opep alcançou um acordo para conter a produção de petróleo com objetivo de sustentar os preços da commodity.

O Ibovespa subiu 1,67 por cento, a 59.355 pontos, maior pontuação de fechamento desde 8 de setembro (60.231 pontos).

O giro financeiro somou 6,38 bilhões de reais, ficando perto da média diária para o mês de setembro, que é de 6,65 bilhões de reais.

Os preços do petróleo fecharam em alta de mais de 5 por cento após a notícia do acordo da Opep para reduzir sua produção para 32,5 milhões de barris por dia (bpd), ante os atuais níveis de produção de cerca de 33,24 milhões de barris por dia.

O Ibovespa chegou a zerar a alta momentaneamente no meio do dia, com a piora em Wall Street pressionando o humor local, movimento que perdeu força conforme os preços do petróleo voltavam a ganhar fôlego. O S&P 500 subiu 0,53 por cento.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN subiu 5,56 por cento e PETROBRAS ON ganhou 4,64 por cento, com os ganhos impulsionados pela forte alta nos preços do petróleo.

- VALE PNA avançou 3,61 por cento e VALE ON subiu 3,35 por cento. A mineradora prevê registrar Ebitda ajustado entre 4,5 bilhões e 5,4 bilhões de dólares no segundo semestre, acima dos 4,4 bilhões de dólares na primeira metade do ano, segundo apresentação publicada pela empresa nesta quarta-feira.

- BRASKEM disparou 10,29 por cento, a maior alta do Ibovespa. A empresa informou na véspera que o Conselho de Administração aprovou pagamento de 1 bilhão de reais em dividendos intermediários. Além disso, a Câmara de Comércio Exterior ampliou a aplicação do direito antidumping definitivo, por até cinco anos, às importações de resina de policloreto de vinila obtido por processo de suspensão (PVC-S) dos Estados Unidos e do México.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE subiu 3,09 por cento, após a empresa anunciar alta de preço da celulose fibra curta para a China, segundo operadores.

- AMBEV ganhou 0,76 por cento após os acionistas da SABMiller aprovarem a oferta de aquisição da empresa feita pela Anheuser-Busch InBev por mais de 100 bilhões de dólares, abrindo caminho para reforçar o posto de liderança do grupo que controla a Ambev entre os fabricantes globais de cerveja.

- PDG REALTY, que não está no Ibovespa, recuou 6,29 por cento, após o jornal O Estado de S.Paulo noticiar que a empresa deve pedir recuperação judicial até o fim do ano. A PDG Realty, no entanto, informou que não há qualquer decisão tomada sobre o tema e que continua buscando alternativas para otimizar sua estrutura de capital.

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